Um protocolo de intenções assinado entre o Ministério da Defesa e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na quinta-feira (20FEV2020), deverá impulsionar a base industrial de Defesa e Segurança no Brasil. A cerimônia teve a presença do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), representada pelo diretor técnico Cel. Armando Lemos.
“Esse protocolo de intenções é um marco bastante importante para a indústria da defesa, apesar de já existir esse possibilidade de financiamento no BNDES as pequenas e médias empresas não conseguiam ter acesso à linha de crédito, e agora a ideia é mudar para apoiar a indústria”, disse Cel. Lemos.
O diretor comentou que a ABIMDE congrega todo o setor empresarial e aí consegue com toda a ligação com o governo mostrar as fragilidades do setor e como melhorar os mecanismos para fomentar a BID.
“Nós temos um trabalho forte com a APEX para incentivar a exportação, para a indústria nacional possa se inserir no mercado internacional, que é altamente competitivo”, disse.
Segundo Cel. Lemos, um exemplo do trabalho da parceria ABIMDE-APEX nesse sentido é a realização da 6ª Mostra BID, entre 11 e 13 de agosto, em Brasília, que servirá para apresentar o trabalho da indústria nacional de Defesa e Segurança e ajudar a impulsionar as exportações, já que devem participar delegações de outros países. “Estamos em um momento muito favorável, que a gente não pode perder. Hoje a gente está com um governo que apoia o setor, e por isso precisamos aproveitar esse ciclo positivo”, concluiu.
Detalhes do protocolo
De acordo com o Ministério da Defesa, o protocolo de “tem o objetivo de promover estudos para apoiar o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID), com foco em suas empresas, incluindo, mas não se limitando a políticas adequadas de financiamento, ao sistema brasileiro de apoio público às exportações e ao desenvolvimento de programas de nacionalização progressiva de produtos e tecnologia de defesa”.
Ainda segundo o MD, após a celebração do acordo, as partes terão 30 dias para concluir um plano de trabalho, com detalhes sobre o escopo e prazos das ações. Também está definido que o protocolo terá vigência de dois anos, com a possibilidade de prorrogação até 60 meses