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AVIBRAS – Metalúrgicos entram em greve sindicato pede estatização


Sindicato dos Metalúrgicos de SJC e Região
Fotos Lucas Lacaz Ruiz especial para DefesaNet


 
Os trabalhadores da AVIBRAS, em Jacareí, declararam greve de 24 horas a partir desta segunda-feira (21MAR2022). A mobilização é uma forma de exigir da empresa o cancelamento das 420 demissões anunciadas semana passada e garantir estabilidade no emprego para todos.

A assembleia de hoje foi convocada pelo Sindicato, que também inicia a luta pela estatização da fábrica. A entidade já está se preparando para ir a Brasília tentar contato com o governo federal sobre a situação da AVIBRAS.

Uma reunião estava prevista para esta segunda-feira (21MAR2022), às 14h, entre a empresa e o Sindicato. A AVIBRAS entrou com pedido de recuperação judicial e está usando essa medida como argumento para realizar as demissões.

Segundo a AVIBRAS, antes da demissão em massa a fábrica possuía 1.500 funcionários. Na assembleia de hoje, também participaram trabalhadores que foram demitidos.

Por ser do setor bélico e a maior empresa brasileira de equipamentos militares, a AVIBRAS é estratégica para a soberania do país. Mesmo assim, é a segunda vez que entra em recuperação judicial.

“O governo não pode permitir que uma empresa da importância da Avibras fique à mercê de acionistas privados. A estatização é uma questão de interesse nacional e tem de ser levada para debate público com urgência”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

O Sindicato inicia, nesta segunda-feira (21MAR), uma mobilização pela estatização da Avibras, sob controle dos trabalhadores, e pelo cancelamento da demissão em massa realizada sexta-feira pela empresa.


Diante do pedido de recuperação judicial e da demissão de 420 funcionários pela Avibras, o Sindicato considera imprescindível que o governo faça a estatização, já que se trata de uma empresa estratégica para a soberania do país. O Sindicato lutará também pela estabilidade no emprego para todos os trabalhadores.

“Essa é a maior empresa brasileira de equipamentos militares, portanto não pode ficar nas mãos do capital privado. Da mesma forma, o governo não pode continuar injetando dinheiro em uma fábrica que gera lucros para os acionistas. O caminho é a estatização, sob controle dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

Esta não é a primeira vez que a Avibras entra em processo de recuperação judicial. Em 2008, a empresa já havia passado por esse regime. Foram dois anos até que a fábrica se recuperasse. Na época, o Sindicato fez uma forte luta junto com os trabalhadores pela estatização.

Desindustrialização

O Sindicato também critica o processo de desindustrialização pelo qual passa o país.
 
“Vimos nos últimos anos o fechamento da Ford, da LG e de suas montadoras, a demissão em massa na Embraer e, agora, a recuperação judicial da Avibras. Mesmo assim, o governo e o poder público nada fazem. As empresas vêm, exploram os trabalhadores e, quando anunciam que estão fechando ou demitindo em massa, o governo não toma nenhuma atitude”, conclui Weller.

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