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Amorim destaca cooperação com América do Sul e África na I Jornada de Estudos Estratégicos

O ministro da Defesa, Celso Amorim, realizou, na manhã desta sexta-feira (14), a palestra de abertura da I Jornada de Estudos Estratégicos, que acontece no Comando Militar do Planalto, em Brasília (DF). Na ocasião, ele destacou a presença do Brasil em missões de paz e a cooperação com países da América do Sul e da costa atlântica da África.

“O conceito de grande estratégia deve se referir a uma coordenação de políticas com vistas à defesa dos interesses nacionais e a contribuição para a paz mundial. Esses dois objetivos são a essência dessa grande estratégia”, explicou.

Ainda sobre o assunto, Celso Amorim enfatizou a participação “diferenciada e qualificada” dos militares brasileiros que integram missões da Organização das Nações Unidas (ONU) no exterior, como no caso do Haiti (MInustah) e do Líbano (Unifil). “A maior parte da tropa da Minustah é sul-americana. O Exército Brasileiro vai ajudar a formar o grupo de engenharia militar do país caribenho”, disse.

O ministro destacou o trabalho do general Carlos Alberto dos Santos Cruz à frente da “maior e mais robusta missão da ONU”, na República Democrática do Congo, a Monusco. E finalizou: “Fundamental para a nossa prosperidade é a paz mundial. Devemos contribuir ativamente para fortalecê-la.”

Estiveram presentes no evento o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, e o comandante do Exército, general Enzo Martins Peri.

Cooperação

Entre os exemplos de cooperação com outros países, Amorim citou o patrocínio brasileiro na criação da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (Zopacas). Com a África, falou que foram desenvolvidos fóruns multilaterais e regionais, realizada a manobra marítima IBSAMAR e a produção conjunta do míssil Ar-Ar A-Darter – desenvolvido em parceria com a África do Sul.

Lembrou, ainda, da revitalização dos blindados Urutu para o Suriname e da aquisição de lanchas colombianas (foto acima) para atuar na região amazônica do Brasil. “A cooperação em Defesa no entorno estratégico é crucial e é a melhor dissuasão”, sentenciou.

Conselho de Defesa Sul-Americano

Acerca do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), Amorim alertou que o órgão é o mais ativo no âmbito da região. De acordo com ele, o CDS deve ser priorizado, com o desenvolvimento de atividades reais e reforço na quantidade de militares envolvidos. “Por meio dele, as nações constroem a confiança de suas Forças Armadas.”

“A criação de uma Base Industrial de Defesa Sul-Americana é um dos objetivos da ação regional do Conselho”, disse. O ministro ressaltou os projetos em curso conjuntamente com Estados sul-americanos, como o avião treinador Unasul I e o Veículo Aéreo Não-Tripulado (Vant) Regional.

Assuntos Estratégicos

O chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, general Gerson Menandro Garcia de Freitas (foto ao lado), deu as boas-vindas aos participantes da jornada e comentou sobre os documentos-base da Defesa: Política Nacional de Defesa, Estratégia Nacional de Defesa e Livro Branco. 

“Esses documentos mostram um grau de maturidade grande, pois já temos um arcabouço legal”, completou.

Sobre a Jornada de Estudos, o general explicou que o encontro vai possibilitar que seja feito diagnóstico “de uma área importante para a Defesa, que é o entorno estratégico”. “Esperamos que esta seja a primeira de muitas”, concluiu.

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