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Ágata 5 – Sisfron vai aumentar possibilidade de fiscalização na fronteira brasileira

O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), projeto que vem sendo desenvolvido pelo Ministério da Defesa, vai permitir ao país maior controle dos 16.880 km de fronteira de 11 estados brasileiros com 10 países sul-americanos.

O projeto piloto foi conhecido na última quarta-feira (08), pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, que esteve na área onde ocorre a Operação Ágata 5, bem na fronteira com o Paraguai.

“Essa é a segunda operação aqui na região. A diferença nessa edição é que incluímos o município de Corumbá e, deste modo, marcamos a presença forte do Estado brasileiro. Sabemos que, quando iniciamos uma operação na fronteira, a criminalidade começa a se reduzir”, avaliou o ministro Amorim.

Coube ao comandante Militar do Oeste (CMO), general João Francisco Ferreira, relatar ao ministro Amorim o desenvolvimento do projeto Sisfron. Segundo o militar, a escolha da região para estabelecer o protótipo do sistema se deve ao fato de ser a região fronteiriça a mais sensível em relação à criminalidade.  “Esse projeto, no Mato Grosso do Sul, vai trazer benefício significativo para a atuação das Forças Armadas nessa área”, contou o general Ferreira.

O ministro Celso Amorim se deslocou a Ponta Porã junto com os comandantes da Marinha, Julio Moura Neto, e do Exército, general Enzo Martins Peri, além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi, para receber o relato das primeiras ações da Operação Ágata 5, que mobiliza cerca de 17 mil militares e civis, 25 agências reguladoras e organismos federais, estaduais e municipais e oito ministérios.

Balanço da Ágata 5

No auditório do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado, o ministro Amorim recebeu os relatos das ações iniciadas na última segunda-feira. Estabelecido a partir do decreto da presidenta Dilma Rousseff, de 8 de junho de 2011, a Ágata tem por finalidade o patrulhamento das fronteiras do Brasil com os países sul-americanos. Organizada pelo Ministério da Defesa, coordenada pelo EMCFA e executada pelas Forças Armadas, a operação conta com apoio interagências, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional do Petróleo (ANP), além das Polícias Federal, Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança.

A principal ação registrada até o momento foi a apreensão de explosivos nos estados do Rio Grande do Sul e Mato Grosso. De acordo com o general Ferreira, apenas na fazenda Santa Maria, no município de Itiquira, os militares encontraram um caminhão com 3,8 kg de dinamite, 7.725 kg de nitrato de amônia, 8.900 m de cordel para detonar explosivos.

“Estamos agora apurando para saber a situação dessa carga. Temos conhecimento de tratar-se de material irregular. Agora, buscamos o destino que dariam a esse explosivo”, relatou o general Ferreira.

A preocupação das autoridades brasileiras é com o crescente assalto a caixas eletrônicos no interior gaúcho. Em 2012, foram 12 ocorrências de explosões dos caixas com uso de dinamite. Os militares estão investigando se o carregamento de Itiquira seria repassado para quadrilhas que assaltam os caixas.

Após as apresentações, o ministro Amorim seguiu para o pátio do Regimento onde conheceu os equipamentos a serem utilizados no Sisfron. São rádios de comunicação e também 26 veículos Marruá de fabricação nacional que vão ficar à disposição das unidades nessa região do país.

Corumbá e Ladário

Nesta quinta-feira, o almirante Moura Neto e os generais Enzo e De Nardi continuaram com a programação de visita à região onde ocorre a Ágata 5. Logo cedo, a comitiva seguiu viagem para os municípios Corumbá e Ladário. No 6º Distrito Naval, os militares conheceram o navio patrulha Monitor Parnaíba.

A Marinha do Brasil participa da operação com o emprego de cerca de 30 embarcações numa área que vai do Chuí (RS) a Corumbá. Além das ações militares são realizadas também as chamadas Aciso com objetivo de atendimento médico e odontológico à população carente.  

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