A Força Aérea Brasileira (FAB) mobilizou mais de mil militares para a Operação Ágata 4, que começou nesta quarta-feira, 2 de maio, na Amazônia. A área de atuação abrange uma faixa de 150 km desde a localidade de Cucuí, no Amazonas, até a cidade de Oiapoque, no Amapá. Ao todo, são mais de 5 mil km na fronteira do Brasil com quatro países: Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Em linha reta, a faixa de fronteira coberta é equivalente à distância entre São Gabriel da Cachoeira (AM) a Belo Horizonte (MG).
Aviões de caça, de reconhecimento, de patrulha, de alarme aéreo antecipado, de transporte e de busca e resgate participam da Operação Ágata, distribuídos em diversas bases da região Amazônia.
Balsas foram transformadas em um hospital de campanha fluvial
Em lugar de areia, brita e cimento; equipamentos para exames laboratoriais de última geração. As balsas da Comissão de Aeroportos da Amazônia (COMARA), acostumadas a transportar insumos de construção, transformaram-se no modal para instalar o Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira (HCAMP), que partiu na terça-feira (1/5) de Manaus para prestar atendimento nas localidades de Moura e Barcelos, no Amazonas. Serão quase 500 quilômetros de viagem, perfazendo três dias de navegação ao longo do Rio Negro.
“Para a instalação do HCAMP na balsa cerca de 150 civis e militares da COMARA trabalharam durante mais de um mês para poder atender as populações ribeirinhas”, explica o Coronel Aviador Ricardo José Freire de Campos, vice-presidente da COMARA.
As balsas da COMARA são fundamentais para o transporte de material de construção na região amazônica. Segundo explica o Coronel Ricardo, a título de comparação, uma aeronave, em cada trajeto, poderia levar seis toneladas. A balsa comporta 1,2 mil toneladas. “Apesar do avião levar apenas duas horas e quarenta e a balsa demorar de 10 a 15 dias para chegar ao destino, a quantidade transportada por esse modal é infinitamente superior”, ressalta.
A COMARA atualmente administra diretamente seis obras na região amazônica.