A 9ª edição da LAAD Defence & Security encontrou um cenário onde o mercado nacional de defesa e segurança está em plena ebulição, não apenas pelos investimentos do governo, mas pelo crescimento do setor dentro do Brasil. A feira veio confirmar que o País está sendo visto como um pólo emergente e alvo de grandes “players” mundiais. Para a ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), um dos destaques foi a participação em massa de suas associadas. Das 185 empresas que fazem parte do portfólio da Associação, 127 estiveram no evento, mostrando o quanto o Brasil evoluiu em termos tecnológicos, podendo competir em alguns segmentos em nível semelhante a nações mais desenvolvidas.
Segundo o presidente da entidade, Sami Youssef Hassuani, mais dois pontos importantes marcaram a LAAD: primeiro o número de expositores e visitantes, levando a feira a ocupar três pavilhões, além da área externa. Segundo, a qualidade dos estandes e a diversidade de produtos e serviços apresentados. “A combinação destes dois pontos consolida a LAAD como uma das feiras mais importantes do mundo na área de defesa e segurança”, comenta o presidente da ABIMDE.
De acordo com Hassuani, a Indústria Brasileira foi, sem dúvida alguma, a mais bem representada no evento, com investimentos vultuosos em todos os segmentos. Participaram empresas brasileiras de grande, médio e pequeno porte. “As empresas de pequeno porte contaram com o apoio da ABIMDE e da Apex-Brasil, dando a elas a possibilidade de acesso a um mercado que é tradicionalmente dominado por grandes corporações, devido às grandes barreiras de entrada”, explicou o executivo.
Nesta edição a associação contou com um pavilhão formado por 14 empresas na parte interna e duas na externa (que mostraram produtos desenvolvidos especialmente para desastres ambientais e fixação de efetivos em áreas hostis). Na abertura do evento, o espaço teve a presença do vice-presidente da república, Michel Temer, e do ministro da Defesa, Celso Amorim.
As companhias que estiveram pela primeira vez na feira são: Albergo Abrigos Sustentáveis, Altave, Bluepex, Cecil, Cinadra, EZ Grip Brasil, Faparmas, Imer, Infax, Kryptus, Orbital, IAS, Universo Ambiental, Novaer, Amani, e Omnisys. Esta iniciativa faz parte das metas estabelecidas pela associação e visa fortalecer as pequenas e médias empresas.
Durante a feira, a ABIMDE também assinou um memorando de cooperação com a AIAD (Federação das Indústrias Italianas para Aeroespaço, Defesa e Segurança).
O objetivo da parceria é incrementar o intercâmbio entre as empresas dos dois países, fortalecendo relações comerciais e de troca de tecnologias e informações. De acordo com a entidade, há tempos o Brasil se relaciona com empresas da Itália na área de defesa, algumas delas, inclusive, são associadas da ABIMDE, então, nada mais natural que a oficialização dessa parceria com a co-irmã italiana.
A entidade recebeu ainda várias delegações, entre elas a da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que foi ciceroneada pelo presidente do SIMDE, Carlos Erane de Aguiar. Ainda durante a feira, a Universidade de Cranfield, da Inglaterra, recebeu da associação o título de “Associada Honorária” por seu envolvimento com cursos voltados para a área de defesa. O evento contou com a presença de Alan Charlton, embaixador da Grã Bretanha no Brasil.
Para Márcio Almeida, gestor de projetos da APEX-Brasil, "a feira apresentou um crescimento surpreendente, equiparando-se às suas congêneres na Europa e na Ásia. A participação de grande número de empresas nacionais com produtos competitivos na LAAD atesta o grau de maturidade de nossa indústria de Defesa e Segurança que, assim, se posiciona como um importante player no mercado internacional. É a manifestação do bom trabalho desenvolvido pela ABIMDE na consolidação da Base Industrial de Defesa, que conta com a parceria da Apex-Brasil para o acesso das empresas do setor a mercados internacionais desde 2006".
Para a ABIMDE, todo este investimento é compatível com as necessidades e oportunidades de negócios que o Brasil e a região apresentam. Será necessário agora que as Forças Armadas e de Segurança não sofram cortes ou contingenciamentos em seus orçamentos, e que a indústria nacional tenha participação ativa e representativa nos programas. “Ainda há muito a ser feito, mas o aumento da participação das empresas nacionais e internacionais na LAAD 2013 demonstra a confiança dos participantes no mercado nacional e nas ações do governo”, finaliza Hassuani.