Brasília, 11 de julho de 2017– Representantes da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Ministério da Defesa estiveram reunidos nesta terça-feira (11) para discutir o fortalecimento e o desenvolvimento da indústria brasileira de defesa.
As ações conjuntas integram o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o Ministério e a Agência, e publicado no Diário Oficial da União, no dia 7 de julho.
O presidente da ABDI, Guto Ferreira, e o secretário de Produtos de Defesa do Ministério (Seprod/MD), Flávio Basílio, discutiram os seguintes pontos:
– o mapeamento das capacidades produtivas e tecnológicas da indústria de defesa;
– a elaboração de estudos com proposições de melhorias para o Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (RETID);
– ações de proteção e defesa cibernética;
– a definição de metodologia para o acompanhamento de movimentos societários na indústria de defesa, e,
– a realização de eventos conjuntos de sensibilização sobre o tema.
“É um grande privilégio contar com o apoio da ABDI que tem enorme conhecimento da Base Industrial Brasileira e que tem sido a principal instituição a pesquisar Defesa no Brasil. Com essa cooperação, podemos criar um ambiente e uma série de desdobramentos para a base industrial de defesa”, afirmou o secretário Flávio Basílio.
Segundo o presidente da ABDI, o desenvolvimento da indústria de defesa é extremamente estratégico para o posicionamento do Brasil entre os principais players mundiais. “Foi com investimentos em defesa que surgiram a base industrial e os principais saltos tecnológicos da história.
Agora, mais uma vez, estamos diante de novos desafios e rotas tecnológicas que, necessariamente, devem passar pelo investimento desta indústria”, ressaltou Guto, ao mencionar o Mapeamento da Base Industrial da Defesa (BID), um estudo elaborado pela ABDI em 2014, em parceria com o ministério.
“Com essa cooperação, conseguiremos não só avançar no que já é feito, mas também começar a colocar outros temas em pauta que podem beneficiar o ministério, as Forças Armadas e o país, que é o mais importante”, acrescentou Guto Ferreira.
O Acordo de Cooperação Técnica prevê a execução de ações de interesse comum, envolvendo aspectos tributários, financiamentos, garantias, compras, levantamento de capacidades tecnológicas, fusões e aquisições, bem como outros movimentos da indústria de defesa. A cooperação se dará por meio da realização conjunta de estudos, pesquisas, intercâmbio de informações, planejamento, estruturação e coordenação, eventos, reuniões e publicação de documentos de fomento à Base Industrial de Defesa.
Startups
Outro assunto discutido na reunião foi a criação do Programa Nacional Conexão Startup Indústria para a Defesa. O secretário de Produtos de Defesa, Flávio Basílio, foi bastante receptivo à aproximação da indústria da Defesa com as empresas nascentes inovadoras, as startups. “Soluções inovadoras são muito bem-vindas, especialmente no que diz respeito a softwares de proteção cibernética”, afirmou.
Guto Ferreira lembrou que a ABDI coordena, há um ano, o Programa Nacional Conexão Startup Indústria, que estabelece a conexão entre as demandas (problemas e desafios) da indústria e as soluções a serem propostas pelas startups. Pelo Programa, serão investidos R$ 50 milhões, nos próximos três anos, para estimular a inovação da indústria nacional.
“Podemos replicar o Conexão com foco na indústria da defesa. Há uma juventude ávida por desafios e totalmente preparada e comprometida com o desenvolvimento do país. Não podemos desperdiçar estes talentos”, ressaltou Ferreira. A construção do Programa será discutida conjuntamente pelas equipes da ABDI e do MD.
Acompanharam o presidente Guto Ferreira as gerentes de Inovação, Elisa Carlos, e de Desenvolvimento Tecnológico e Produtivo, Cynthia Mattos, e as especialistas em Defesa, Larissa Querino, e em Projetos, Talita Daher.