Porto Príncipe (Haiti)– Nos dias 24 e 25 de julho, o Batalhão de Infantaria de Força de Paz do 20º Contingente no Haiti (BRABAT 20) foi empregado emergencialmente pela MINUSTAH para liberar a região de Grand Ravine, na Área de Responsabilidade do Batalhão do SRI LANKA (SRIBAT), juntamente com membros da Polícia Nacional Haitiana, da Polícia das Nações Unidas, de tropas policiais de outros países e das tropas do SRI LANKA.
A região de Grand Ravine vinha sendo considerada de difícil acesso, devido à presença de integrantes de gangues bem armados, que dificultavam a livre passagem e as ações das forças institucionais. Trata-se de uma região extremamente carente e vulnerável, e que como o nome diz, tem a topografia de uma grande ravina, com encostas muito íngremes, aonde a água não chega e, permanentemente, ocorre um vaivém de mulheres e adolescentes transportando baldes na cabeça, morro acima e abaixo a fim de suprirem suas residências, muitas improvisadas.
Entretanto, no último dia 24, o principal gângster da área foi morto por outro membro de sua gangue, o que criou uma oportunidade de atuação face à provável desorganização temporária das facções. Dada a magnitude da operação, o BRABAT foi empregado em primeiro escalão para acompanhar as forças policiais, e permitir que o SRIBAT pudesse montar checkpoints ao longo das principais rotas, assegurando sua presença permanente doravante.
O BRABAT atuou com a 4ª Companhia de Fuzileiros de Força de Paz para avançar pelos dois corredores de Grand Ravine, após o Esquadrão de Fuzileiros de Força de Paz ter ocupado posição durante a madrugada de 25 de julho nas alturas ao sul da região, para prover segurança.
A partir das 06h30, o avanço foi iniciado pelas duas colunas, no interior da ravina, casa a casa, beco a beco, controlado por estritas medidas de coordenação de movimento e de restrição de fogo. As forças policiais puderam transitar em segurança pela área e, ao final, não houve confrontação de marginais com as tropas que participaram da ocupação. Os checkpoints do SRIBAT foram estabelecidos e a operação de liberação total continuará por mais três dias, prevendo-se que culmine com uma atividade cívico-social.
Os aspectos de maior destaque no Batalhão foram o planejamento do Estado-Maior, a possibilidade de planejamento conjunto com os setores encarregados da MINUSTAH e a atuação das forças em primeiro escalão, permitindo um altíssimo grau de êxito, elogiado por integrantes do SRIBAT.
O Force Commander da MINUSTAH, Gen Div José Luis Jaborandy Júnior, conduziu pessoalmente as ações de toda a MINUSTAH, estabelecendo o seu posto de Comando na própria região por onde o BRABAT avançou.