O Twitter enviou um alerta para alguns usuários, avisando-os de que hackers patrocinados por governos podem estar tentando obter dados sensíveis de suas contas, disse a companhia no primeiro alerta desse gênero feito pela rede social.
O alerta disse que não havia indicação de que os hackers tenham conseguido obter informação sensível de um "pequeno grupo de contas" visadas.
O site não deu informações adicionais sobre o ataque ou possíveis suspeitos em sua investigação.
A notícia do Twitter é a mais recente em meio a preocupações com ataques cibernéticos de organizações patrocinadas por governos. Agências governamentais, empresas e a veículos de mídia têm sido hackeados.
Uma organização sem fins lucrativos que teria recebido o alerta, a Coldhak, disse que o aviso do Twitter veio na sexta-feira. O alerta dizia que agressores poderiam estar tentando obter informações como "endereços de e-mail, endereços de IP, e/ou números de telefone."
A conta da Coldhak no Twitter @coldhakca retweetou depoimentos de outros usuários que disseram ter recebido o aviso. A Coldhak e os outros usuários não indicaram a razão pela qual eles poderiam estar sendo espionados.
Google e Facebook também começaram a enviar alertas para usuários possivelmente alvos de ataques patrocinados por governos.
Encapuzados atacam escritórios do Facebook na Alemanha
A polícia de Hamburgo, norte da Alemanha, informou neste domingo que os escritórios da empresa de redes sociais Facebook foram atacados na cidade, tendo vidros quebrados e paredes pichadas com os dizeres "aversão ao Facebook".
O ataque ocorrido de madrugada foi realizado por um grupo de 15 a 20 pessoas usando roupas pretas e capuzes, disse a polícia em comunicado. Uma investigação foi iniciada sobre o caso.
Um porta-voz do Facebook disse que ninguém ficou ferido no incidente. Ele disse ainda que não podia fazer comentários imediatos sobre os eventuais motivos do ataque.
O chefe europeu do Facebook está sendo investigado na Alemanha sobre a suposta falha da rede social em remover publicações de ódio e racistas.
A investigação foi anunciada no mês passado, enquanto políticos alemães e celebridades manifestaram preocupação sobre o aumento dos comentários xenófobos na Alemanha no Facebook e em outras redes sociais, enquanto o país enfrenta dificuldades para lidar com o influxo de refugiados.
Martin Ott, diretor do Facebook para o norte, centro e leste da Europa, sediado em Hamburgo, pode ser responsabilizado pela falha da plataforma social em remover discursos de ódio, disse um porta-voz da procuradoria no mês passado.