Brasília, 21 de março de 2016 – O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (SESGE) e a Polícia Federal, juntamente com a Embaixada dos Estados Unidos promoveram capacitação para 70 profissionais das áreas operacionais das forças de segurança para os Jogos Rio 2016 na última semana.
O curso foi realizado pelo Escritório de Assistência Antiterrorismo (ATA) da Secretaria de Segurança Diplomática do Departamento de Estado Americano e objetivou aperfeiçoar os níveis de habilidade dos primeiros socorristas quanto a preparação, execução e gestão de resposta inicial a incidentes terroristas.
Durante toda a semana foi ministrado para policiais militares, civis e bombeiros o curso Primeira Resposta a Incidentes Terroristas com aulas teóricas e exercícios práticos, que envolveram estudo de casos, além da conscientização quanto a possíveis ataques e tomada de decisão.
O treinamento todo foi realizado em nove módulos, que abordaram as ameaças terroristas com uso de explosivos e materiais de contaminação química, biológica e nuclear. Os agentes da ATA forneceram treinamento e assistência aos profissionais que atuarão nos Jogos Rio 2016. A vivência do ataque de gás sarin no Metrô de Tóquio, em 95; o massacre escolar de Columbine, em 1999, e o atentado de 11 de setembro de 2011, em Nova York, serviram de parâmetro para as discussões.
Descrevendo táticas e técnicas e explorando as lições aprendidas em cada um dos eventos, eles mostram a importância do treinamento constante, da coordenação e comunicação entre as agências envolvidas, além de necessidade de equipamentos específicos e gestão diante dos incidentes.
“Uma das vertentes de atuação da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos na capacitação é a cooperação internacional. E a cooperação com os norte-americanos foi uma das que teve o mais extenso programa, com o foco muito voltado para as ações antiterrorismo.
Apesar de sermos um país que não tem um histórico de atentados, o fato de sediarmos os Jogos Olímpicos faz com que isso seja uma possibilidade, e precisamos estar preparados para isso. Por isso, é importante que possamos nos valer das melhores experiências internacionais”, explica o Diretor de Projetos da SESGE, Felipe Tavares Seixas.
A previsão é de que no biênio 2015/16 sejam capacitados 7.674 profissionais – sendo 5.636 policiais militares, 2.038 policiais civis, além dos agentes convidados de outras instituições – em áreas que incluem análise de risco, controle de massa, segurança turística e idiomas.