Júlio Ottoboni
Exclusivo DefesaNet
A cada dia os serviços de inteligência e o Exército Brasileiro rastreiam e intensificam as buscas e a expulsão e prisão de potenciais terroristas do território nacional. Nada mais desastrosos que um atentado para afundar de vez a já debilitada imagem do Brasil.
Como se não bastasse a chegada das delegações de diversos países ao Rio de Janeiro e encontrarem prédios semiacabados ou em obras, locais de treinamento em péssimas condições, num despreparo total para sediar os Jogos Olímpicos. Etapa que está sendo superada.
A preocupação agora é o começo das manifestações de rua do movimento “Não Vai Ter Golpe, Vai Ter Luta”. O Exército tem treinado a dispersão de protestos nas ruas do Rio e busca conseguir impedir essas ações, pois tem um alto potencial para infiltração de um lobo solitário e tanto a explosão de bombas como o uso de armamentos leves.
Para muitas fontes a ação do Ex-Senador Eduardo Suplicy fazendo-se prender pela Policia Militar de São Paulo tem um significado além do aspecto político-midiático ( Ver matéria Suplicy é detido em protesto contra reintegração de posse Link)
Além dos patrimônios históricos que são potenciais alvos, como o Estádio do Maracanã, Cristo Redentor, o Bondinho, diversos shopping centers que estarão lotados de turistas, surgiu agora uma outra possibilidade até então deixada em segundo plano: o ataque nas praias e bares. Mesmo com os jogos transcorrendo em pleno inverno, a cidade sempre terá como seu maior apelo turístico ‘as praias cariocas e seus bares’, como são conhecidos no exterior.
Como é característica dos frequentadores das praias mais disputadas no Rio, qualquer pessoa age gentilmente a um pedido de olhar a mochila, a esteira e os chinelos de qualquer pessoa. Bastou que se peça o favor, particularmente quando se trata de estrangeiros. Isso torna muito simples plantar uma bomba de imenso poder destrutivo numa praia e sem grandes complicações para um terrorista treinado a buscar locais cheios e que rendam, além de muitas mortes e mutilações, uma grande repercussão a sua causa. (Ver a polêmica gerada em ABIN – NOTA OFICIAL Link)
Além da cultura do ‘olha pra mim’, os quiosques, bares e mesmo vendedores ambulantes com suas caixas de isopor se tornaram uma imensa dor de cabeça para agentes da inteligência e do exército buscam identificar como prováveis pontos de atos terroristas. São 45 praias e 73 quilômetros de extensão. Em dias ensolarados praticamente um milhão de pessoas frequentam as praias e as ruas da orla são completamente tomadas a noite.
A cartilha distribuída junto à população está longe da realidade carioca (ver abaixo). O foco é o Metro, trens suburbanos e shoppings, como atentar para pessoas que ‘tiram fotos de locais de segurança ou usam mochilas e roupas inadequadas e "destoantes das circunstâncias e do clima".
Procedimentos Exógenos
Os integrantes do próprio Exército Brasileiro ironizam as recomendações, que foram feitas (em muitos casos impostos), pelos serviços de inteligência dos EUA e da União Europeia (ouvir a entrevista da Embaixadora Liliana Ayalde à Rádio CBN link abaixo).
“Essas recomendações são inócuas e podem ainda causar problemas com inúmeros contatos sobre suspeitos, que na verdade são moradores locais que usam mochilas e muitos funcionários do tráfico que usam os moletons com capuz. Imagine fiscalizar essa situação apenas dentro de um ônibus no final da tarde que vai das praias para o subúrbio, seria algo que beira o absurdo”, comenta o militar.
Por isso os ônibus e o transporte público da cidade também se tornou um ‘calcanhar de Aquiles’ para todo o procedimento de investigação contra os terroristas.
“Há duas coisas extremamente democráticas no Rio de Janeiro, primeiro são as praias e depois os calçadões, ali não tem jeito, todo mundo é igual, seja brasileiro, gringo turista e terrorista”, observou. A preocupação segundo a fonte militar é agora as favelas e o tipo de acerto que está sendo feito entre os donos dos morros e possíveis terroristas.
“Está havendo um movimento imenso de turista subindo o morro literalmente. Os moradores estão alugando quartos quando não a casa toda para grupos de estrangeiros, ali eles tem a segurança do tráfico, drogas e a própria comunidade os protegendo. Então temos uma situação praticamente incontrolável. Para o estrangeiro tem um glamour especial dizer que se hospedou numa favela, além dos preços serem bem mais em conta e ter todo a estrutura que encontrariam no asfalto”, observou.
Os preços dos hotéis, taxis e outros serviços, inclusive os restaurantes, subiram demasiadamente nas últimas semanas. Isso está intensificando a busca por essas alternativas de habitação temporária. Em muito já indicado por outros turistas estrangeiros e até mesmo por atravessadores que buscam esse tipo de público para estimular o negócio.
Além dos pontos turísticos tradicionais, que já serão patrulhados, essas são novas preocupações para os agentes, militares e até mesmo voluntários que serão treinados para reconhecer uma situação de possível ato terrorista na cidade.
Bomba. Que Bomba?
O conceito clássico passado de que sempre haverá uma bomba ou os terroristas procurem atentados com explosivos não tem sido o padrão nos últimos atentados.
Mas a ameaça de bomba pode ser usada como um efeito retardador das ações de Forças Antiterrorismo. Ver que após 16 min de troca de tiros com o terrorista da Boate Pulse, em Orlando/ Florida, as Forças de Segurança se afastaram por ameaças de bombas internas e externas montadas em automóveis estacionados próximos à boate.
O resultado foi trágico, pois de 66 vítimas retiradas com vida do local, somente 17 sobreviveram.
Documento do : FDNY Center for Terrorism and Disaster Preparedness
(Julho 2016)
Luz, Câmera, Ação!
O objetivo número um de toda e qualquer ação terrorista é de que ela tenha o máximo de repercussão na mídia. Por isso os atentados espetaculosos.
Porém, com as mídias sociais e a comunicação instantânea, sem possibilidade de ser censurada criou um outro perfil. As ações devem durar o maior tempo possível para que repercutam intensamente nas mídias sociais.
Ação sem Penalização.
Mesmo com a Lei 13.260/16, publicada no dia 17 Março 2016, que disciplina e classifica atos de terrorismo, as ações dos corporativismo dos advogados nos dá a certeza que o “garantismo” penal trabalhará ativamente para minimizar penas a serem impostas ao terroristas. (ver a Operação Hashtag – Chance de soltura de grupo é mal recebida Link)
O pior cenário
As ações que ocorreram neste fim de semana no Estado do Rio Grande do Norte e as prevista para acontecer no Rio Grande do Sul, na quinta-feira (04 Agosto 2016), onde os comandos da Brigada Militar e Polícia Civil,planejam retirar seu pessoal do serviço. Os dois órgãos de segurança amplamente dominados pelo Partido dos Trabalhadores, poderão começar a esgarçar as Força Militares, em atender às demandas regionais.
Aqui entra o fator político, que tem tirado o sono dos planejadores militares. Ver o vídeo do Deputado Paulo Pimenta em Caracas, Venezuela, junto aos redutos Bolivarianos.
1 – Entrevista da Embaixadora Americana Liliana Ayalde á Radio CBN
2 – Deputado Paulo Pimenta (PT/RS) em Caracas no mês de Julho de 2016. Como apresentado em sua página na web
Nota DefesaNet – Os comentários e projeção de cenários aqui apresentados, são estudos prospectivos.
Esperamos que brilhem nestas semanas os atletas e suas árdua disputa por um bom desempenho. O Editor |
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