Distribuído pela ABIN
Agência Brasileira de Inteligência
A fase repressiva da Operação Ágata 9 foi deflagrada no último dia 22 nas regiões de fronteira dos estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
As ações visam à repressão de crimes transnacionais como narcotráfico, contrabando e tráfico de pessoas, além de crimes ambientais, como garimpos ilegais e exportações ilegal de madeira.
A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) coordena as atividades de Inteligência voltadas para a operação. Informações sobre pessoas, localidades e entidades relevantes para as ações operacionais são produzidas antecipadamente.
Os centros de Inteligência, organizados em todos os estados abrangidos pela operação, estão em funcionamento desde 22 de junho para produzir informações que auxiliem o planejamento e execução das ações táticas e repressivas.
Os dados assessoram o Governo Federal a elaborar políticas públicas mais adequadas às características da criminalidade existente na região. As informações indicam as localidades onde as ações de repressão são mais necessárias e podem gerar melhores resultados. Apontam também as principais modalidades de crimes transnacionais por região e mapeiam organizações criminosas atuantes nas fronteiras.
A Operação Ágata é realizada desde 2011. A análise das informações já produzidas nas fases anteriores ajuda a identificação de padrões das atividades criminosas na região. O trabalho é feito pela ABIN em parceria com os órgãos dos Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN).
Os dados da Operação Ágata 8, por exemplo, indicam que a cadeia de ilícitos nas regiões de fronteira utiliza pequenos negócios locais, como mercados, postos de combustíveis, materiais de construção e padarias para a dissimulação das ações criminosas.
A estrutura desses comércios serve tanto para a lavagem de dinheiro quanto para armazenamento de produtos contrabandeados ou traficados.
A ABIN também identificou nas edições anteriores da Ágata que, durante a fase repressiva, é comum o recuo das atividades criminosas como resultado da presença mais efetiva de órgãos de segurança e fiscalização na área.
O que os grupos criminosos fazem ou deixam de fazer durante o período são também assuntos de interesse da Inteligência. Servem para a compreensão global de como atuam os grupos criminosos nas fronteiras brasileiras e para auxiliar o planejamento das próximas edições da operação.
As ações da ABIN no mapeamento de pistas de pouso clandestinas são intensificadas durante a Operação Ágata.
Em cooperação com a ANAC e o CENSIPAM, a ABIN já atuou na detecção e investigação de cerca de 200 pistas de pouso em propriedades particulares e áreas de preservação ambiental nas regiões de fronteira do país.