Atualizado 18:44h 04SET2016
Equipe DefesaNet
Os ataques em forma de manifestações populares e guerrilha urbana, todos de cunho político ideológico, que tinham como alvo o governo Temer eclodiram logo após a oficialização do impeachment de Dilma Rousseff. Os tumultos que eram esperados durante os Jogos Olímpicos, inclusive pelos militares, vieram à tona e prometem transformar o país num paiol de pólvora.
Os serviços de inteligências das polícias militares estaduais já estão mapeando as origens dos movimentos e estão espantados com a diversidade dos grupos e o nível de mobilização. Eles são originários desde estudantes de colégios secundários, universitários até movimentos negros e de imigrantes estrangeiros.
Os partidos de esquerda, centrais sindicais e movimentos populares (irregulares) como o MTST, entre outros estariam não só participando como dando a logística necessária para as batalhas de rua e ataques a determinadas instituições, como a própria polícia, prédios do governo, agências bancárias e empresas de comunicação identificadas como opositores ao regime bolivariano que no Brasil tem seu representante máximo no Partido dos Trabalhadores (PT) e em movimentos surgidos com estrangeiros, como o Exército Negro.
Segundo os agentes de inteligência militar de São Paulo, além da capital paulista a onda de choque deverá abranger o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e algumas capitais do nordeste onde há uma forte presença de militantes e políticos comprometidos com a desestabilização do governo de Michel Temer.
“Já fizemos algumas grandes apreensões de armamentos que na época dos jogos foram divulgados como sendo do narcotráfico, mas sabíamos que a finalidade daquilo era armar esses núcleos de guerrilha urbana. Estamos estudando bem essa nova configuração do quadro político, pois poderá levar o país a ter cisões profundas e o ressurgimento de frentes difusas de combate dentro das cidades”, afirmou o estrategista que não pode ser identificado.
As redes de inteligência, que ficaram muito focadas em possíveis atentados terroristas islâmicos no Rio de Janeiro, estão se reconectando para intensificar a troca de informações e desmantelar as ações pontuais dos manifestantes.
“Temos uma questão séria a ser resolvida agora, os ataques dos black blocs em São Paulo são voltados a causar tumulto e a agredir as forças de segurança pública. Eles buscam a todo momento por uma reação que gere ainda mais violência e quando isso ocorre já estão estrategicamente preparados para fotografar, filmar e divulgar como se fossem as grandes vítimas de um Estado truculento e repressor”, alertou o militar.
Para o agente, caso não haja uma reação, além do movimento de rua ganhar força, as ações de guerrilha vão se intensificar. Ele usou o exemplo do prédio da FIESP, na Avenida Paulista. “Ali é um dos principais alvos em São Paulo, não só por representar uma categoria empresarial, por ser o ícone da economia brasileira, mas por ter concentrado a fúria por ter feito uma oposição frontal ao governo petista e contra-atacado organizando manifestações até maiores que dos apoiadores da presidente Dilma”.
As ações que serão adotadas na contenção são orientadas por novas técnicas, aprendidas com a SWAT dos Estados Unidos e já treinadas na fase da crise hídrica, quando também manifestações de cunho político-ideológico estavam na pauta do dia.
Os ataques atingem até grupos e entidades que sempre foram favoráveis aos movimentos e serviram de cobertura no passado aos desmandos dos manifestantes. No caso o jornal Folha de São Paulo, que foi vandalizado. Mesmo assim o jornal, em editorial, culpa a Polícia Militar pela falta de controle dos militantes. E culpa os “Fascistas” pelos atos, o que digamos é uma clara miopia analítica. (ver o Editorial Fascistas à Solta Link).
O jornal Estado São Paulo em dois editoriais atacou tanto os movimentos irregulares (MTST), que interromperam a circulação viária na cidade de São Paulo, como o os neo terroristas urbanos (ver Editoriais: A Baderna como Legado Link e Tigre de Papel Link)
Um dos objetivos importantes nas atuais manifestações é dominar as ruas muito mais que o discurso. Assim como ocorreu em 2013, quando os “Black Blocks” ligados aos movimentos anarquistas cumpriram a tarefa de afastar os manifestantes das ruas pela violência das manifestações. Atualmente poucas são as bandeiras usadas pelos neo terroristas urbanos.
Os leitores de DefesaNet puderam acompanhar, como serem informados de primeira mão, de toda as ações dos militares no período.
Nota DefesaNet – Um pouco antes de publicarmos a matéria o Partido dos Trabalhadores emitiu uma “Resolução Política sobre o Golpe e a Oposição ao Governo Usurpador”. O documento aprofunda o tom de confronto já adotado pelo pronunciamento da ex-presidente Dilma Rousseff após o seu afastamento. A Declaração do PT segue em linhas gerais as emitidas no dia 31 pelo Partido Comunista de Cuba. PT – “Resolução Política sobre o Golpe e a Oposição ao Governo Usurpador Link CUBA – Declaração do Governo Revolucionário cubano Link Pronunciamento – Dilma Rousseff Link |
Recomendamos a leitura da Carta de Porto Alegre lançada pelo movimento "CARREIRAS JURÍDICAS PELA DEMOCRACIA ADVOGADOS E ADVOGADAS PELA LEGALIDADE DEMOCRÁTICA" |
DefesaNet recomenda a leitura do texto do jornalista Luiz Carlos AZEDO:
AZEDO – O bolchevismo tardio Correio Braziliense Link |
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