Equipe DefesaNet
O Brasil está entre os maiores exportadores mundiais de drogas, espécies vivas (biopirataria) e um dos maiores importadores de armas ilegais, segundo os serviços de inteligência escutados pelo DefesaNet. Os três grandes eixos do tráfico mundial são compostos por drogas, armas e animais silvestres nesta ordem. Juntos movimentam dezenas de bilhões de dólares e são alvos constantes de investigações e atividades internacionais na busca de conter sua expansão.
Segundo os agentes, há vários anos, desde que houve o sucateamento das vigilâncias de fronteira e o SIVAM foi perdendo importância dentro do governo do PT, o narcotráfico que era ferozmente combatido na Colômbia e no Peru, e mais tarde no Equador, junto com as forças militares dos Estados Unidos, acabou por embrenhar-se na Amazônia brasileira e agora domina a região. Se hoje não for o maior, está muito próximo a se tornar e abastecer grande parte das máfias e cartéis do planeta.
“O que houve foi a total falta de visão estratégica, não por culpa dos militares que lutaram muito para que o SIVAM pudesse atuar como em seu projeto original, mas pelos governos e pelo uso do Ministério da Defesa como palanque para políticos e com discursos demagógicos cada vez maior. A guerrilha da FARC só conseguiu o acordo de paz depois de transferir todo o narconegócio para dentro do Brasil e isso com apoio político brasileiro, o que agrava ainda mais o quadro”, denunciou o agente.
Nota do Editor
Em um prédio discreto na área Policial de Brasília esta o prédio do CENSIPAM. O que realmente o prédio abriga é um dos mais avançados centreo de Geointeligência. Há uma diferença enorme na imagem de satélite, mesmo de elevada resolução, como saber as características dos solo. Permite o pouso de helicópteros? É possível identificar armadilhas previamente. O Brasil não explorou a pleno o potencial em especial o verdadeiro centro de inteligência voadores, que são as aeronaves E-99 (Radar) e R-99 (Guardião).
A FAB tem desenvolvido o do Centro de Operações Espaciais Principal (Nucope-P), são desconhecidas suas atividades como geointeligência.
Aeronave E-99, primeiro plano, e R-99. |
No mês de março imagens de satélites do INPE constataram uma imensa área de plantio de maconha dentro da Amazônia, com pista de pouso e uma pequena vila formada, provavelmente, pelos responsáveis pelo cultivo. Mas não há mais comunicação entre os sistemas e o grau de dificuldade para combater os traficantes tem aumentado com a falta de recursos e renovação dos equipamentos, principalmente aeronaves, que apesar de customizadas para o clima equatorial tem a vida útil mais curta.
“Falta avião, falta apoio em solo, falta um sistema de comunicação eficiente e, principalmente, boa vontade. Já identificamos muitos grandes empresários, latifundiários e políticos da região e de outras do país envolvidos nesta herança deixada pelo narconegócio. Ele é extremamente rentável e o dinheiro naquela região é fácil de ser desviado e legalizado com outras atividades correntes, a situação é fora do controle, precisamos ser sinceros nisto. Se isso pode gerar uma intervenção na Amazônia? Evidente que sim, uma intervenção bem maior da existente hoje, que é imensa”, comentou.
Segundo informações, a Amazônia brasileira vem abrigando áreas imensas de plantio de folhas de coca modificadas geneticamente, maconha e diversas plantas que produzem alucinógenos. Para os agentes, o status da indústria das drogas é a mesmo que a farmacêutica dentro dos limites da região.
“Já encontramos laboratórios sofisticadíssimos no meio do nada, não é mais aquele barraco de pasta de coca, é esquema industrial, com todo o processo junto. Num deles fomos proibidos de entrar para checar, pois tinham autorização da justiça… (pausa). Tinha autorização do governo brasileiro, com selo e tudo. Então vamos até onde podemos ir, depois vão se ver com os gringos. Mas aí jogam a gente e os militares para segurar o que os políticos chamam de ‘invasão’ e ‘ofensa a soberania nacional’. O que estamos vivenciando aqui é um Estado criminoso, que vive para a prática do crime e para se perpetuar no poder através de ilegalidades, das mais covardes possíveis”, desabafou
Treinamento para Missão Real
Marinha do Brasil realizou importante exercício simulando a retomada de área dominada por gangue na região do Pantanal. Abaixo nota do 6 º Distrito Naval |
A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 6º Distrito Naval, realizou de 20 a 23 de março, na região de Cáceres, no Mato Grosso, operação ribeirinha que contou com embarcações, aeronaves, forças especiais, grupos de fuzileiros navais embarcações e forças do exército. A operação simulada, tinha a missão de restabelecer a lei e a ordem, prendendo invasores de uma facção criminosa, que dominavam uma área no rio Paraguai, onde realizavam extração ilegal de minério, crimes ambientais, entre outros (interessante que a MB não menciona narcotráfico).
A simulação de combate no Pantanal teve a participação de oito navios, dois helicópteros, lanchas, viaturas, destacamento do Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE) e tropas do Grupamento de Fuzileiros Navais de Ladário (GptFNLa). Também houve a participação de embarcações e militares do 2° Batalhão de Fronteira de Cáceres, do Exército Brasileiro, na última fase da operação.
Diante da situação, uma equipe de operações especiais se infiltrou na área dominada, inclusive com paraquedistas, para levantar informações detalhadas e identificar a base de operação daquela facção.
Simultaneamente, a Força Naval avançava, realizando batimento de margem. Esta ação consistia em desativar qualquer armadilha instalada, como correntes passadas pelo rio, pelas “forças paramilitares” para evitar a chegada desses meios a sua base.
Posteriormente, fuzileiros navais desembarcaram dos navios “Almirante Leverger” e "Paraguassu" percorrendo, por rio e terra, aproximadamente cinco quilômetros, até chegar à posição estabelecida pela facção criminosa. Após ataque terrestre, aéreo e fluvial, no dia 23 de março foi retomada a área invadida e neutralizada a ação da “gangue criminosa”.
Inclusive ocorreu uma inédito lançamento de Forças Especiais paraquedistas por helicópteros para demarcar a área da gangue e sua força.
Segundo a Marinha, a importância dessa operação resulta em um maior conhecimento dos militares do bioma pantaneiro e das suas especificidades, sempre com o objetivo de melhorar o desempenho conjunto e individual de cada militar.
Nota DefesaNet
O DefesaNet continuará com a série de matérias especiais sobre o tráfico no Brasil nas próximas edições.
Matéria Relacionada Inteligência – Crime organizado tomou conta do país DefesaNet Fevereiro 2017 Link Parágrafo da matéria produzida pela Equipe DefesaNet, em Fevereiro 2017:
“Hoje eles têm acampamentos no meio da selva, que se locomovem com uma agilidade impressionante, e usam armamentos antiaéreos leve, o que você imaginar em tecnologia de solo. Tanto que já derrubaram um dos nossos aviões e empregam táticas militares. Temos um quadro de guerra de selva e que o Exército está enfrentando dificuldades para rechaçar, esses bandidos são treinados por profissionais, nós encontramos indícios que membros da FARC (Colômbia) e do antigo Sendero Luminoso (Peru) foram contratados para aperfeiçoar as técnicas de combate. Embora eu não descarte que haja indígenas e ex-militares brasileiros das Brigadas de Selva no meio dessa gente”, revelou a fonte. |