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Lockout – Operação Unlocked Empresa Irapuru (RS)


Operação Unlocked – Empresa Irapuru
Fonte Polícia Federal


Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (31), uma operação contra um empresário suspeito de ameaçar caminhoneiros em rodovias do Rio Grande do Sul. Uma pessoa foi presa temporariamente em um condomínio de luxo em Xangri-Lá, no Litoral Norte. A identidade não foi divulgada.

"A gente não pode abrir muitas informações para não prejudicar investigações que estão em andamento", disse o delegado Alexandre Isbarrola, superintendente da PF no Rio Grande do Sul, em coletiva no fim da manhã.

"Ocorrendo novos fatos, vamos identificar e responsabilizar essas pessoas", acrescentou.

Também foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Vale Real e Caxias do Sul, no Vale do Rio Pardo e na Serra.

A investigação foi iniciada na quarta-feira (30) após denúncias de que o administrador de uma grande empresa de transportes (Irapuru) estaria ameaçando caminhoneiros para que não realizassem o transporte de cargas.

"Trata-se de uma grande empresa, não divulgamos o nome, mas é uma grande transportadora, que agia com violência e ameaça, atuando com outras pessoas em rodovias estaduais e federais, e vias vicinais na Serra (…) Obrigavam caminhões a parar e impediam que seguissem se movimentando", destacou Isbarrola.

Ainda de acordo com o delegado, os principais carregamentos impedidos de seguir viagem eram de proteína animal e ração, além de combustíveis. "São elementos contundentes que pegamos da atuação deles. Sócios atuavam na coordenação desse movimento", afirma.

A polícia informou ainda que motoristas teriam sido obrigados a abandonar os caminhões em postos de combustíveis das rodovias ERS-122, ERS-452 e BR-116.

De acordo com PF, a operação Unlocked (desbloqueado) investiga o crime de atentado contra a liberdade de trabalho e associação criminosa.

"Um dos principais objetivos dessa quadrilha era provocar o desabastecimento na região da Serra e Região Metropolitana", resume o delegado

MP/RS Empresas Dalçoquio e Stefani
Fonte MP/RS
(Ação do MPF na íntegra via Scribd)

 

Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MPF/RS) ajuizou ação para garantir que o abastecimento de combustíveis nos postos gaúchos seja normalizado. Pedido é no sentido de que a Empresa Transportes Dalçoquio LTDA e Henrique Stefani Transporte e Logística LTDA – que prestam serviço terceirizado para a BR Distribuidora – voltem a promover a atividade de transporte de combustíveis nos mesmos moldes antes realizados e considerando o volume diário médio no período de 30 dias que antecedeu o começo da paralisação.

A ação também pede que seja determinada a imediata cessação dos atos de protesto, com participação dos veículos das transportadoras, que impeçam a saída dos veículos destinados ao abastecimento da população e de órgãos públicos, valendo-se inclusive de intervenção policial e ação de autoridades militares.

Para o MPF, não se nega o direito de manifestação por parte dos réus e a defesa de suas aspirações, contudo tal direito não pode ser exercido de forma absoluta, deixando vulneráveis interesses jurídicos de maior envergadura, como os atinentes a continuidade dos serviços públicos essenciais e a ordem econômica.

 


“A atual situação extrapola o direito à livre manifestação, atingindo outros direitos cujo atendimento é mais premente, implicando riscos não só à vida e incolumidade física dos usuários das vias e dos próprios manifestantes, mas também prejuízos irreversíveis à liberdade econômica e ao consumidor, considerando os reflexos na alta dos preços, falta de produtos e o transtorno gerado aos que ficaram horas em filas nos postos de combustíveis antes do total esgotamento do produto”, disse o MPF.

O pedido, realizado em tutela antecipada e de urgência, prevê que seja estipulada multa diária de R$ 1 milhão pelo descumprimento dos comandos postulados.

 

TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE A PEDIDO DEFINITIVO EM SEDE DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA by Scribd

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