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GSI – ABIN – Nada fizemos, nada sabemos


 

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O Editor

Recente reportagem do jornal O Estado de São Paulo afirmou que um agente da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) teria passado informações sobre a Tríplice Fronteira, entre Brasil, Argentina e Paraguai, para um agente norte-americano. Segundo o jornal, em vez de ser punido, o funcionário foi apenas pressionado a se aposentar.

Em reunião com deputados e senadores da Comissão Mista de Atividades de Inteligência (CCAI), o diretor-geral da ABIN, Wilson Trezza, afirmou que houve a investigação e de que não foi comprovado crime por parte do agente. Ainda assim, disse Trezza, com a "perda de confiança", o agente foi demitido. Já a agência norte-americana (CIA), ao saber da vigilância brasileira, transferiu seu agente para outro país.

Já o ministro-chefe do gabinete institucional (GSI) da Presidência da República, General-de-Exército José Elito Siqueira, explicou que a contra-inteligência é uma atividade normal de vigilância sobre os agentes estrangeiros, e que por isso a ABIN identificou a conversa entre o brasileiro e o norte-americano.

Operação mídia

Outra matéria, essa veiculada pela revista Veja, mencionou uma operação feita há quase dez anos e que teria como alvo jornalistas e donos de veículos de comunicação do Brasil. Wilson Trezza confirmou que a existência da operação, mas negou qualquer relação com a investigações sobre esses profissionais.

– A única possibilidade do estabelecimento de relação do termo 'mídia' com a operação [de inteligência] é porque a pessoa, o contato, a fonte humana que mantinha contato com a ABIN tinha formação profissional em jornalismo e [por isso] alguém resolveu batizar a operação com o nome mídia. Nada mais que isso – afirmou Trezza.

A audiência também contou ainda com a presença do diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicação da Presidência da República, Rafael Mandarino. A comissão, que reúne senadores e deputados, é a responsável pelo controle das atividades de inteligência no Congresso Nacional.
 
 

NOTA CREDN
Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional
Câmara dos Deputados

ABIN e GSI negam existência de agente duplo a serviços EUA

 
Brasília– O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general José Elito Siqueira, e o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Wilson Roberto Trezza, negaram a existência de um agente duplo a serviço dos Estados Unidos dentro da ABIN e de irregularidades em operações de contrainteligência por parte daquele órgão. Os dois e o chefe do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações do GSI, Raphael Mandarino Júnior, participaram nesta quarta-feira, 20, de audiência pública da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), do Congresso Nacional.
 
O presidente da CCAI, Nelson Pellegrino (PT-BA), lamentou o vazamento das informações, algumas com fatos ocorridos há dez anos, e as tentativas de vincular as denúncias publicadas pelos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, com as operações de espionagem realizadas pela NSA dos Estados Unidos contra o Brasil.
 
De acordo com Pellegrino, “uma coisa não guarda relação com a outra. O Brasil não montou e não realizou operações de espionagem no exterior. As operações de contrainteligência no Brasil foram realizadas de acordo com a legislação e contra alvos que poderiam colocar a nossa segurança nacional em risco”.
 
Segundo as denúncias, um agente da ABIN teria sido premiado com a aposentadoria após reunir-se com um agente de inteligência norte-americano. “Foi um encontro apenas e o agente não entregou nem informação nem dinheiro e não recebeu nada. Foi exonerado do cargo de Superintendente em Manaus por uma questão administrativa”, explicou o diretor-geral da ABIN.
 
Trezza explicou ainda que o agente já não servia em Foz do Iguaçu e que estando em Manaus, não tinha como acessar dados e informações de outra superintendência da agência.

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