As agências de segurança da Grã-Bretanha vão ter um aumento significativo no número de funcionários como parte de um esforço em várias frentes para evitar ameaças de planos terroristas, disse o ministro das Finanças, George Osborne, nesta segunda-feira.
"Posso confirmar que ao longo dos próximos cinco anos vamos aumentar substancialmente o número de pessoas em todas as três agências secretas de inteligência que investigam, analisam e ajudam a desmantelar complôs terroristas", disse em discurso.
Osborne acrescentou que o primeiro-ministro David Cameron iria dar mais detalhes no final da avaliação do governo sobre os gastos com defesa, em 23 de novembro.
A Revisão Estratégica e Análise da Defesa deve definir as prioridades na capacidade militar da Grã-Bretanha para os próximos cinco anos.
O governo apresentou recentemente uma nova legislação que daria às agências de inteligência novos poderes, incluindo o direito de saber quais sites as pessoas visitam.
"Como a natureza da guerra, espionagem e terrorismo mudam, temos de mudar com ela. A internet, central para a vida moderna, fornece novos caminhos para os nossos inimigos planejarem e agirem contra nós", disse Osborne.
"A ameaça de terroristas, de ideologias extremistas, precisa ser enfrentada diretamente", disse ele, acrescentando que "o destino provável" de um avião russo que caiu no Egito é uma lembrança dolorosa dessa necessidade.
A Grã-Bretanha afirma que a probabilidade de que uma bomba tenha derrubado um avião russo logo após decolar de Sharm al-Sheikh, no Egito, é maior do que a de outras causas. Todos os 224 passageiros e tripulantes morreram. Militantes islâmicos que combatem as forças de segurança egípcias no Sinai assumiram a responsabilidade.