Os principais generais americanos condenaram nesta terça-feira o ataque ao Capitólio realizado no último dia 6 por apoiadores do presidente Donald Trump, e disseram às tropas que o mesmo representou um "ataque direto" ao processo constitucional.
"A revolta violenta foi um ataque direto ao Congresso dos Estados Unidos, ao prédio do Capitólio e ao nosso processo constitucional", assinala um memorando assinado pelos oito membros do estado-maior conjunto, liderados pelo general Mark Milley. "Os direitos à liberdade de expressão e reunião não dão a ninguém o direito a recorrer à violencia, rebelião e insurreição."
A carta ressalta que os integrantes das Forças Armadas são obrigados a defender a Constituição. "Qualquer ato que interrompa o processo constitucional não apenas vai de encontro aos nossos valores, juramentos e tradições. É contra a lei."
A mensagem dos generais é divulgada em meio à preocupação de que os extremistas que apoiam Trump tenham partidários entre os militares e a polícia. Trump e seus apoiadores se negam a aceitar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro.
O Pentágono irá mobilizar até 15 mil efetivos da Guarda Nacional durante os atos da posse de Biden, no próximo dia 20, para conter possíveis novas manifestações violentas. Seu porta-voz, Jonathan Hoffman, declarou ontem: "Não toleramos extremistas em nossas fileiras."