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EUA ajudaram Ucrânia a matar generais russos, diz “NYT”

Os Estados Unidos forneceram informações de inteligência à Ucrânia que ajudaram as forças de segurança do país a matar vários generais russos na guerra, noticiou nesta quarta-feira (04/05) o jornal americano New York Times, citando fontes do serviço secreto dos EUA.

Segundo a reportagem, Washington forneceu à Ucrânia detalhes sobre a movimentação esperada das tropas russas e a localização de um quartel-móvel do Exército russo. Essas informações, combinadas com as obtidas pelo serviço secreto ucraniano, permitiram a condução de ataques de artilharia que mataram os oficiais russos. As fontes ouvidas pelo jornal não disseram quantos generais foram mortos desta maneira.

Autoridades ucranianas disseram ter matado cerca de 12 generais russos desde o início da invasão, em 24 de fevereiro, segundo o jornal. No início de março, autoridades locais de Novorosiisk, no sul da Rússia, confirmaram a morte na Ucrânia do general Andrei Sukhovetsky, comandante adjunto do 41.º Exército. 

Procurados por várias agências de notícias, o Pentágono e a Casa Branca não comentaram a reportagem do jornal. Já o Conselho Nacional de Segurança dos EUA classificou a afirmação de que o país estaria ajudando a Ucrânia a matar generais russos de "irresponsável".

"Os Estados Unidos fornecem informações de inteligência para ajudar os ucranianos a defenderem seu país. Não fornecemos informações com a intenção de matar generais russos", disse Adrienne Watson, porta-voz do conselho, à agência de notícias AFP.

 

A grande perda de oficiais do alto escalão das Forças Armadas russas surpreendeu autoridades de segurança ocidentais, que confirmaram a morte de sete generais do país até o final de março. Moral baixa e problemas de comunicação e logística seriam os responsáveis pela presença de oficiais de alto escalão tão próximo ao front.

Segredo sobre assistência de inteligência

O governo do presidente Joe Biden mantém segredo sobre a assistência de inteligência militar que está prestando à Ucrânia, por temores de que fontes possam ser comprometidas ou de que a ajuda seja interpretada pela Rússia como um sinal direto de hostilidade.

A assistência dos serviços secretos dos EUA à Ucrânia soma-se aos bilhões de dólares de equipamento militar entregue ao Exército de Kiev, incluindo armas antitanque, munições e, mais recentemente, artilharia pesada, helicópteros e drones.

Em 25 de abril, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse que o objetivo dos EUA era "ver a Rússia enfraquecida ao ponto de não poderem fazer o tipo de coisas que fizeram na invasão da Ucrânia". 

Os EUA também estão treinando militares ucranianos, inclusive na Alemanha, para usar as armas que estão sendo enviadas.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 3 mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A guerra causou a fuga de mais de 13 milhões de ucranianos, dos quais mais de 5,5 milhões buscaram refúgio no exterior, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas.

A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e sanções econômicas e políticas contra Moscou.

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