Os Estados Unidos removeram vários diplomatas da China após testes revelarem que eles poderiam estar sendo acometidos pelos mesmos sintomas misteriosos relatados por diplomatas americanos em Cuba em 2017, após o que foi classificado de "ataques acústicos".
Ao menos duas das pessoas enviadas de volta para os EUA relataram "ouvir ruídos estranhos", noticiou o jornal The New York Times. Uma equipe médica chegou à China no início da semana para examinar os funcionários do Consulado americano e suas famílias, depois que um empregado do governo ficou doente, com "sensações de som e pressão sutis e vagas, mas anormais" na cidade de Guangzhou, no sul da China, em maio.
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Heather Nauert, relatou que os funcionários retirados da China serão submetidos a mais avaliações médicas na Universidade da Pensilvânia. O secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou a criação de uma força-tarefa especial para investigar os incidentes. "A natureza exata dos ferimentos sofridos pelos funcionários afetados, e se existe uma causa comum para todos os casos, ainda não foi estabelecida", disse Pompeo. Nauert afirmou que médicos examinarão se os sintomas são similares aos relatados por dezenas de funcionários da embaixada americana em Havana.
Em 2017, 24 diplomatas e seus familiares deixaram Cuba após serem acometidos por sintomas inexplicáveis, incluindo tontura, dores de cabeça, problemas cognitivos e distúrbios visuais. Algumas das lesões, que também afetaram dez diplomatas canadenses e suas famílias, pareciam traumas cerebrais.
Na época, os Estados Unidos declararam que seus funcionários foram vítimas de "ataques específicos", mas ainda não responsabilizaram ninguém pelo incidente.
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