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Comentário Gelio Fregapani – Um Cenário imediato


Assuntos: Um  Cenário imediato

 
LEMBRETE DOS CENÁRIOS LEVANTADOS NO COMENTÁRIO 240 (Link)

– CENÁRIO: Lula não assume a Casa Civil devido à interpretação condenatória do STF, é preso e, logo a seguir, é sentenciado  –  no melhor  estilo  Sergio  Moro. Pega de 20 a 30 anos de prisão.  Algo similar à condenação de Marcelo Odebrecht.  A militância do PT desiste de reagir diante do massacre da mídia e da maioria crescente da população, que coloca em dúvida a lisura do ex-presidente. Isto não impede o impeachment.
 
–  CENÁRIO: Serão cumpridos os ritos do impeachment na Câmara e no Senado, e Dilma Rousseff já está pré-condenada por todos. É possível, bem razoável, que Sergio Moro tenha mais alguma gravação “fortuita” para dar o xeque-mate na presidente. Tudo muito rápido. A esquerda patrocina a ideia do exílio de Dilma. Ela vira uma versão grosseira e mal educada de Zélia Cardoso de Mello. Ficará lembrada como a pior Presidente da República de todos os tempos.
 
 O QUE PODEMOS ESPERAR
 
Provavelmente Temer assumirá a Presidência e Eduardo Cunha a vice. Organismos financeiros internacionais esperançosos de benesses oferecerão empréstimos e facilidades, o que momentaneamente, aliviará as finanças públicas e o nível de emprego apresentará sinais de melhora. Serão inicialmente mantidas as irreais medidas de Assistência Social por medo de revoltas, mas e é provável que sejam cortados os ministérios mais inúteis, diminuindo despesas. Também serão cortadas as verbas fraudulentas dos movimentos ditos sociais mas não as das ONGs, que serão prestigiadas na medida em que apoiarem o novo governo.
 
O investimento estrangeiro se ampliará e em consequência as vendas das empresas estatais e mesmo das privadas, desnacionalizando ainda mais a economia. As fraudes do governo anterior serão esmiuçadas enquanto as dos elementos do novo governo serão piedosamente ignoradas pela imprensa, financiada pelo capital internacional. O novo Governo, docilmente confirmará as concessões e compromissos referentes aos tratados de restrição ao desenvolvimento de armas nucleares e de mísseis assinados pelos governos anteriores e cederá ainda mais concessões para exploração de minérios, água e outros.
 
À oposição dos inconformados petistas se somará ao rosnar dos nacionalistas revoltados com as desnacionalizações e isto fará com que o novo governo se apoiem ainda mais no estrangeiro.
 
Aos poucos arrefecerá a euforia da vitória sobre um mau governo e a insatisfação popular tende a voltar, amenizada pela relativa proximidade de novas eleições.
 
Depois…
 
A IMPOSSÍVEL ASSISTÊNCIA SOCIAL
 
Tudo começou com as "Cestas Básicas", mas no governo do PT proliferaram as "bolsas", algumas delas tangenciando a irracionalidade. A lei prevê também assistência médica gratuita para todos e de qualidade, como se isto fosse possível sem uma renda extra como o petróleo das arábias, o que não há Tesouro Nacional que aguente, a não ser a Suécia, com magnífico PIB, pouquíssimos necessitados e impostos escorchantes.
 
Apesar de, mesmo se não houvesse a corrupção, ser impossível manter o nível de assistência tentado pelo PT, durante a crise de 2008 ela manteve a atividade da agricultura, indústria e comercio, que não podiam subsistir sem os consumidores. Entretanto, o que poderia ser benéfico se fosse uma medida provisória, se transforma com a continuidade num câncer que corrói, improdutivamente, os recursos que deveriam ser usados para melhorar a infraestrutura, para descobrir mais petróleo, melhorar a segurança pública, ampliar o poder nacional, enfim para a ordem e o progresso.
 
Não se diga que essas "bondades" (que muito têm de eleitoreiras) seriam para o bem do povo.  Já ensinava Maquiavel que o príncipe demasiadamente bonzinho causa mais mal do que o príncipe demasiadamente duro. Confirmando as assertivas do citado filósofo, o assistencialismo irreal somado a corrupção conduziu ao desemprego e a recessão, ao desemprego e ao incentivo à vagabundagem. Ainda vai piorar, pois o provável sucessor já declarou que vai manter as bolsas, naturalmente para não virar os beneficiários contra si. Isto significa trocar o seis por meia dúzia.
 
Seria possível amparar os necessitados, sem emprego, sem recorrer a esses expedientes que não podem dar certo? – Claro, é só verificar a História. As frentes de trabalho do período militar deram trabalho e dignidade aos desempregados e ainda melhoraram a infraestrutura.
 
A História nos mostra ainda exemplos mais contundentes. Após a Grande Guerra, (1914-18) a Alemanha estava em situação desesperada, com dívida e juros escorchantes, com a maior inflação que já houve no mundo, sem força nem coesão, sem empregos nem mercado interno, parecia condenada a se desfazer em pequenos pedaços quando um novo governo iniciou a criar empregos melhorando a infraestrutura. Como conseguiu fazê-lo, se não tinha sequer como pagar os trabalhadores? – Pagando-lhes com vales correspondentes a "tantas horas trabalhadas". Esses vales os trabalhadores trocavam por comida, pois os agricultores não tinham para quem vender e com eles os agricultores compravam insumos e ferramentas que ninguém mais podia comprar. Este foi o início do reerguimento alemão. Se o governo que reergueu a Alemanha mereceu depois a condenação mundial, isto não deve eclipsar a demonstração de como se pode levantar uma economia em extrema dificuldade sem recorrer a recursos externos que causam dependência.
 
Sim, da para conseguir, mas certamente não com Lula e Dilma, nem com Temer, Cunha ou Renan ou Levandowsky .
 
NO MUNDO
 
Todo o Planeta acompanha os acontecimentos do nosso País e como previsível são diversas as reações dos diferentes países do mundo, cada um analisando as vantagens que poderia obter ou como diminuir os problemas que possam advir. Diplomaticamente apenas os componentes do Foro de São Paulo (Venezuela, Equador e Bolívia). se declararam ostensivamente contra uma mudança de governo, pois sabem que sem o Brasil esse Foro morrerá de inanição (aliás este será um dos poucos efeitos colaterais benéficos) .
 
Entre os demais, a Rússia a China e a Índia acompanham cautelosamente a evolução dos acontecimentos preocupados com a futura posição do nosso País no âmbito do BRICS. A imprensa deles, possivelmente sob controle, silencia sobre o assunto enquanto a imprensa livre e a semioficial dos países da OTAN se delicia em ironizar a caótica situação em que realmente estamos, com seus governos, cautelosamente observando quais as concessões que poderão arrancar, além das já feitas por Collor, FHC, Lula e Dilma.
 
O certo é que quanto mais estivermos divididos, mais fácil será arrancar de nós os Recursos Naturais, as empresas a começar pela Petrobras, a integridade territorial e até a soberania.
 
A defesa desse patrimônio, conquistado e desenvolvido pelos nossos ancestrais sim, merece o nosso apoio e até o nosso sangue. Não é como a luta que assistimos – apenas uma guerra entre duas gangues de ladrões.
 
Que Deus nos mostre o caminho

Gelio Fregapani

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