O Estado policialesco atual cairá breve
Nos ensina o ilustre sociólogo italiano Cesare Cantu que o governo das nações segue naturalmente a mesma estrutura da média das famílias; assim nos países em que todos têm participação nas decisões e nas despesas da família tipo Estados Unidos, o governo tenderá a ser democrático enquanto onde predomina o patriarcado o governo tenderá a ser mais forte, porém naqueles onde a coesão familiar é exercida predominante pela imposição, como numa de cultura islâmica tradicional, onde é necessário o emprego de eunucos para policiar os haréns, a estrutura governamental forçosamente será policialesca.
Podemos exemplificar até com o nosso próprio País, pois no Império, o nosso estamento dominante herdara a estrutura familiar patriarcal com a consequente ordem monárquica, portanto forte, autoritário mas no nosso caso longe de ser tirânica. Com a progressiva dissolução dos rígidos costumes familiares o regime de governo forte não poderia se sustentar e a forma republicana apenas encobria a demagogia que é a forma natural de governo resultante da hipocrisia nas relações familiares.
Certamente que houve reações; citemos as revoluções de 1930 e de 1964, ambas para regimes mais autoritário, mas com laivos democráticos.
Alguns acontecimentos como a breve queda do regime policialesco, patrocinado pela ditadura de toga promovido pelo STF, pelo simples fato que nossas estruturas familiares nunca foram exatamente policialescas e cada vez se afastam mais desses procedimentos.
Ao contrário, a atual forma de a mulher mantendo seu trabalho e sua possibilidade de independência conduz a uma participação maior nas decisões familiares e isto leva a democracia.
Nada pode impedir a queda do sistema policialesco do STF, em virtude da atual estrutura familiar cada vez mais participativa.
É portanto evidente que o atual mecanismo policialesco do STF cairá em breve, por mais firulas legais (mas ilegítimas) que possam praticar a maioria dos ministros de toga ou mesmo certo número de parlamentares. Logicamente não podemos saber se o atual mecanismo policialesco em vigor cairá de forma legal ou ilegal, nem se pacífica ou não, porque os governos policialescos não costumam mudar pacificamente e as divergências estão se acentuando, mas sabemos que cairá irremediavelmente em pouco tempo.
Paradoxalmente sabemos também que qualquer sistema pode fazer bem a um País se o poder estiver nas mãos certas – veja-se os déspotas esclarecidos – mas isto não é o caso do presidente do TSE nem do ex-presidente Lula, os quais parecem dispostos a sacrificar sua honra e até a nossa Pátria à seus projetos ideológicos.
O curso natural dos acontecimentos nos indica que cairão brevemente. Que seja o mais breve possível para que possamos progredir para o rumo de uma Democracia na acepção da palavra: governo do povo.
Que Deus nos ilumine para a melhor decisão.
Gelio Fregapani
Obs: Não confundir o sociólogo Cesare Cantu com certo articulista de esquerda de nome quase igual.