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Comentário Gelio Fregapani – Geopolítica no nosso País, na América do Sul e no Mundo

Assuntos: Geopolítica no nosso País, na América do Sul
e no Mundo

 
No Nosso País

Dilma, nos estertores de seu governo, propugna por acordo obrigatório sobre o clima. Os EUA, China e Rússia não o querem nem cumprirão. Mais uma vez tendemos a fazer concessões unilaterais sem contra partida, tal como no Tratado de não Proliferação.
    
Na confusão que se tornou o cenário político no nosso País é quase impossível abraçar uma causa, pois não há anjos. O pedido de impeachment originou-se de desafetos entre bandidos e não de ação de homens para restabelecer a ordem e o progresso na nossa terra.
     
Dificilmente a ainda Presidente Dilma se manterá no governo, e caso se mantenha será apenas pela rivalidade entre seus opositores e não terá possibilidade de governar. Cederá seja o que for aos rapaces apoiadores e tentará comprar os igualmente rapaces adversários na ânsia de respirar o ar do planalto por mais alguns minutos. Entregará tudo do que ainda é brasileiro aos banqueiros do exterior para acalmar a hostilidade deles.
     
Substituída a Presidente por alguém da linha de sucessão constitucional,  em nada melhorará, nem a economia nem o aspecto moral da política nem o entreguismo, mas ao menos há esperança que sejam cortados os irresponsáveis subsídios aos movimentos ditos sociais como o MST e às ONGs , que na verdade trabalham contra o País e talvez corrigidos os exageros do estatuto do índio que, sendo brasileiros, que tenham os costumes que acharem melhor, mas que se submetam às leis brasileiras e participem da economia e da política geral. Se isto acontecer, já teria sido justificado o Impeachment
    
Sabemos queo Governo e a diplomacia têm sido omissos diante da bem planejada e executada investida do aparato ambientalista-indigenista internacional, patrocinado por fundações privadas e órgãos oficiais de governos da América do Norte e da Europa Ocidental, contra a implementação e ampliação da infraestrutura física necessária ao desenvolvimento do País. Um novo governo tende a manter ou mesmo ampliar o entreguismo e, se compor com a Rede da Marina Silva certamente ampliará o dispositivo ambientalista e indigenista impedindo novas estradas, hidrelétricas e todo o progresso.

Tal cenário ameaçaria devolver o País a uma condição semelhante à da República Velha, com um retorno à condição de um mero abastecedor de produtos primários, que limita drasticamente as suas perspectivas de desenvolvimento e inserção soberana na reconfiguração da ordem de poder mundial que está em curso.
 

Na América do Sul

No âmbito do grande jogo geopolítico é certa a vitória norte-americana na América do Sul. O esquerdismo incompetente da Argentina já caiu. O esquerdismo infantil da Venezuela está caindo de maduro, ou melhor, de podre. Na medida em que a “era PT” se esvai, no nosso País desmoraliza-se o incompetente esquerdismo assistencialista dos últimos governos. Com certeza num próximo governo haverá modificações também na política externa, onde pode ser que nos livremos do peso morto da "Pátria Grande", da UNASUL e até do Mercosul.

Isto é bom, mas devemos ficar atentos; a oligarquia financeira  interna e externa que, historicamente nos têm dominado, se empenha para fazer o nosso País retornar ao quintal hegemônico anglo-americano e abandonar qualquer ideia de um protagonismo estratégico no redesenho do cenário de poder global. A intenção manifesta é a de que o Brasil esvazie a participação no grupo BRICS voltando a priorizar uma aproximação (leia-se subordinação) com os Estados Unidos, em busca de uma pretensa proteção que possa “blindar” o País das turbulências financeiras

A quase ex-presidente Dilma, por apatia ou pressões de Washington, perdeu o pouco interesse que já tinha para participar ativamente na política externa, ao mesmo tempo em que entregou a política econômica e financeira aos “mercados” e deixa a política interna ao "Deus dará".  Apesar de todas as corrupções, nos últimos anos, o nosso País  consolidou uma política externa independente, mas sem acompanhá-la pelo crescimento da sua musculatura industrial e militar, e apenas acomodou-se a elevação conjuntural dos preços das commodities. 

Pagaremos altíssimo preço por essa falta de visão estratégica das lideranças nacionais. No futuro imediato as perspectivas não são nada boas, mas o futuro vai depender principalmente da atuação do nacionalismo inerente a nós brasileiros.      
 

Conflitos e fricções geopolíticas globais

A quase totalidade dos que se interessam pela Geopolítica apostamque continuarão ocorrendo conflitos armados principalmente, no Oriente Médio. Que no continente europeu a crise que envolve a Ucrânia atingirá seu zênite com pressão para expandir a OTAN até as fronteiras da Rússia e a Rússia insistindo em manter um espaço além-fronteiracomo escudo protetor. Ainda não se trata de nova Guerra Fria, mas se aproxima.

Que na África continuarão os conflitos internos. A Líbia dividida em dois grupos radicais e de grupos de milícias. A Al Qaeda prossegue no Magreb e o Boko Haram luta para impor a Sharia no Mali e aterroriza as populações da Nigéria do Chade e de Camarões.

O grupo Al-Shabab impõe uma versão radical do Islã em sangrenta batalha contra o frágil Estado Somali. No Sudão do Sul, na República Centro-Africana continuam os conflitos entre cristãos e muçulmanos, mas é na República Democrática do Congo é a mais sangrenta da história africana, com aproximadamente 5 milhões de mortos. Nada vãoparar os conflitos na África, mas os olhos do mundo estão mesmo é no Oriente Médio.   

Sem contar o interminável conflito israelense x palestinos, na Síria e no Iraque consolidava-se o ISIS apesar da guerra de mentirinha que lhe fazia a "Coalizão", que na verdade pretendia usar o ISIS para derrubar o governo hostil da Síria. Isto pode ter mudado pela intervenção russa, esta para valer, em defesa do governo sírio.

A Turquia, contrariada em seus interesses, procura provocar um conflito entre a Rússia e a OTAN e se conseguir pode ser o estopim para uma guerra mundial, mas mesmo sem uma guerra entre as superpotências, o ISIS estará livre para se expandir.Entretanto, mesmo sendo mal sucedida a manobra turca, não se pode ignorar o fascínio que um califado exerce na alma muçulmana. Esta guerraainda vai durar por décadas

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