Assuntos: Economia, Revoluções e disciplina
Brasil, desperta
O nosso País vem sofrendo um ataque articulado da Oligarquia Financeira Transnacional com as grandes empresas petrolíferas internacionais desde que foram descobertas as preciosas jazidas do pré-sal. A corrupção congênita dos políticos, aliada ao absurdo entreguismo de algumas elites estão impedindo adotar medidas sérias contra tal ataque, que resultou nessa crise econômica.
Vale tudo para desnacionalizar a Petrobrás ou destruí-la, de forma a deixar o pré-sal para as tais petrolíferas e assim eliminar os bancos estatais brasileiros, cujo incentivo à indústria, ao comércio ao financiamento e ao agronegócio tem proporcionado um certo grau de desenvolvimento ao Brasil, contrariando poderosos interesses estrangeiros.
A História se repete. Foi o caso do Barão de Mauá, destruído por bancos britânicos, do empresário Belmiro Gouveia, destruído pela J. P. Cotton, das empresas Puma e Gurgel, destruídas pelas montadoras estrangeiras, da ENGESA, demolida pela combinação letal do Departamento de Estado dos EUA (se a Arábia Saudita comprasse o tanque Osório, vencedor da licitação, não poderia comprar o caça bombardeiro F-15) e pelas montadoras "do Brasil", para impedir a eventual produção de veículos civis pela ENGESA.
A bem da verdade, o problema do nosso país é a nossa economia estar nas mãos de empresas transnacionais dispostas a tudo para manter ou ampliar suas posições e naturalmente contam com o apoio dos govenos dos países delas.
Enquanto isto o nosso povo chega à beira da guerra civil pela corrupção deslavada da politicalha bem aproveitada pelo estrangeiro, quando não incentivada por ele.
Brasil, desperta!
A Economia e as Revoluções
Após longo período de paz interna no Império, os anos republicanos tem sido tensos. Tivemos a revolta da Armada, a sangrenta revolução de 93, a "guerra" de Canudos a revolução de 23, a década de 20 pontilhada de intervenções armadas que culminariam na Revolução de 1930, a revolução Paulista de 1932, o putsch comunista de 1935, o assalto integralista, o Estado Novo, de 1937 a 1945, a crise do suicídio em 54, a renuncia de 61 a revolução de 64 a guerrilha de 68 , a "redemocratização' em 85, o impeachment em 92, todos marcados por alguma crise econômica e pelo dedo estrangeiro que quer evitar a nossa união.
Nos anos 90, mediante eleições vencidas por grupo a serviço da oligarquia estrangeira, perpetraram-se as privatizações, nas quais em troca de títulos podres de desprezível valor,se entregaram e desnacionalizaram, estatais dotadas de patrimônios materiais de trilhões de dólares e de patrimônios tecnológicos de valor incalculável.
A Petrobrás escapou de ser formalmente privatizada, mas não saiu ilesa: ficou submetida à ANP, mobiliada por “executivos” ligados às petroleiras angloamericanas, o que propiciou a alienação da maior parte das suas ações preferenciais a preço ínfimo, na Bolsa de Nova York, para especuladores daquela oligarquia, como George Soros.
Ao longo de todo esse sinuoso processo, observamos características importantes: todas as disputas ocorreram em meio a crises econômicas, mas não ameaçaram a integridade territorial e terminaram com pacificação ou anistia, quase sem vinganças e sem ameaça física ás autoridades derrotadas.
Agora vivemos mais uma grande crise da economia onde é nítido o interesse estrangeiro e é preocupante a ameaça de desintegração e o radicalismo das facções onde pedem ostensivamente a morte dos dirigentes. Nos faz falta um Duque de Caxias.
Na atual crise a Operação Lava-jato, em nome do nobre motivo de depurar o País está destruindo não só a Petrobrás – último reduto estatal produtivo bem como as grandes empreiteiras, último reduto privado, de capital nacional, capaz de competir mundialmente. Observe-se que não se vê punições para bancos nem empresas multinacionais. Será que eles nunca pagaram propinas?
Acredita-se que minem mais de 100 bilhões de reais por ano pelas manobras das multinacionais em superfaturar as importações e subfaturar as suas exportações maquiando suas contabilidades transferindo lucros para suas matrizes minimizando e sonegando impostos nos países hospedeiros. Seria possível isto sem propinas?
Se não quisermos aceitar em definitivo, à condição de subdesenvolvidos teremos que evitar o aproveitamento pelas oligarquias financeiras transnacionais e de seus representantes locais, que visam acabar com a nossa veleidade de autonomia no campo industrial, no tecnológico e no militar.
O atual governo, além da incompetência já se acovardou e se rendeu. Não terá coragem de enfrentar as pressões internacionais e internas. Os prováveis sucessores são piores ainda.
Então, o que fazer? No momento esperar que não haja solução sem intervenção e se a crise for controlada e os políticos resolverem a confusão que criaram e ainda consigam manter a integridade do País? – tanto melhor, pois é isto que todos queremos.
Cortar despesas
É claro que é necessário cortar despesas a começar pelo Executivo onde os 39 Ministérios poderiam ser reduzidos a cinco, seguido pelo Legislativo onde bastaria um senador por Estado e poderia diminuir de dois terços o número de deputados e vereadores. Quanto ao Judiciário, chegaria cortar mordomias e ainda haveria muita despesa inutil para cortar, só cortando as "indenizações" dos subvesivos anistiados já se economisaria um bilhão por ano. Entretanto, o grosso do desperdício está nos juros da dívida.
Metade de tudo que o Brasil arrecada, cerca de 51% dos impostos é entregue inutilmente aos bancos usurários, um total de um e meio trilhões de reais por ano para remuneração dos juros, na faixa de 20% a 30% ao ano. Para ter uma idéia do que significa essa fortuna , ela representa mais de cem vezes o que o Brasil pretende cortar em investimentos e programas sociais, corte aliás necessário.
A solução é bastante simples: baixarmos os juros a uma taxa não compensadora . Muito bem, mas os credores iriam querer retirar o dinheiro emprestado e como iríamos pagá-los se esse dinheiro não mais existe?
– Imprimindo o necessário para pagar as retiradas. Inicialmente a inflação seria galopante, mas quem retirou o dinheiro o usaria em alguma atividade produtiva para não perder para a inflação. Isto criaria empregos e a produção logo controlaria a inflação, sem contar que o déficit previsto se transformaria em superávit como num passe de mágica a economia melhoraria instantaneamente. O mais difícil seria enfrentar o boicote da oligarquia financeira internacional, mas seria melhor do que o caminho da falência e da servidão que estamos trilhando.
Sem noção
Em tempos normais, a notícia de que o Senado renovou a frota de veículos à disposição de seus 81 legisladores já provocaria justificáveis questionamentos – tendo meros dois anos de uso os carros substituídos não poderiam ser considerados velhos. A situação, naturalmente, torna-se muito pior quando o país enfrenta grave crise econômica. Neste caso, a desfaçatez dos senadores desperta sentimentos de irritação e perplexidade.
No momento em que se acirram as tensões entre a Venezuela e a Guiana, prenunciando outra guerra com provável interferencia do Reino Unido e dos Estados Unidos, o Exército, de forma inconsequente, persegue os garimpeiros na Amazônia seguindo as absurdas ordens de um Governo descompromissado com a Nação. Onde mais se nota a maléfica atuação do Exército é em Roraima, proximo da fronteira, destruindo as pistas de pouso dos garimpos, bem proximo da área do provável conflito. Depois, vai precisar da colaboração dos garimpeiros. Conseguirá?
A disciplina militar prestante
Todo militar sabe que a disciplina é o melhor modo de coordenar esforços em combate e que a base da disciplina é a confiança entre chefes e subordinados num Exército normal a confiança é natural e mesmo quando as ordens contrariam o pensamento dos subordinados estes costumam dar um crédito de confiança ´por saber que na coesão está a sua força, mas quando um comandante declara que nada fará para defender da perseguição esquerdista os que se sacrificaram para cumprir suas missões fica impossível manter a confiança e quem sofreu as consequencias foi seu sucessor, que não recebeu o apoio que merecia ao reequipar o Exército usando os serviços da Engenharia de Construção.
Quando a confiança não mais existe, a disciplina formal torna-se somente uma máscara para encobrir a covadia e a busca de vantagens pessoais e no Exército antes brioso os carreiristas reunem-se em torno dos chefes do momento como as parasitas infestam a árvore frondosa, enfeitando-a com flores enquanto sugam sua seiva. Ambos, a árvore e o Exército nestes casos, enfraquecem seus troncos e estão prontos para desabar na primeira tormenta.
O novo comandante assumuiu com uma dosagem extra de confiança, quer por sua história de vida quer por receber um Exército melhor equipado, mas já sentiu que voltará a época de vacas magras. Até isto pode ser tolerado, mas surgiu algo que não pode – a humilhação descarada da tentativa de assumir o comando das Forças Armadas por uma enfermeira despreparada, ligada ao "exército" do Stédile, com ou sem o aval do ministro político.
Chegou o momento em que a atitude do chefe definirá se ele assumirá a liderança ou recuará para o Limbo, se não para o inferno. Consta que a enfermeira articulou o "golpe" sem conhecimento dos superiores dela (consta talvez para livrar a cara do Ministro). Só isto já é motivo para a exoneração dela.
Não sabemos como se desenrolarão os acontecimentos, mas a atitude que esperamos dos comandantes das Forças é a solicitação (irrevogável) da exoneração da secretária. Nem sub delegação nem a revogação do decreto é suficiente.
E se a solicitação for recusada? – Então tem que ser a jogada suprema: Que tanto ela como o Ministro sejam presos na hora.
As consequências? Ora, terminaria com a mudança do Governo, mas não nos preocupemos. Nenhum governo seria louco de enfrentar uma justa rebelião militar, muito menos um com a impopularidade que tem.
De São Mateus 12, 25
"Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá"
Será que isto acontecerá conosco?
Gelio Fregapani