Assuntos: Considerações sobre: Economia, Petrodólares, Situação dos BRICS e assuntos pouco pensados
Considerações sobre a economia
A incrível ladroagem dos nossos políticos ameaça destruir a economia, mais ainda pelas medidas erradas e pelo aspecto psicológico do que pelo imenso volume das propinas e desvios. Dentre os círculos perversos dessa situação destaca-se a destruição das grandes empresas nacionais.
Ora, preservar as fontes de receita é da lógica elementar, mas alguns tontos não agem assim, aproveitam-se da necessária faxina na corrupção para matar as empresas que são as pagadoras de impostos, os quais se sustentam todos os componentes das ações governamentais.
Apesar de envolvidas no pagamento de propinas (exigidas pelos políticos) as melhores empresas brasileiras, tem mais de cem anos e operações em dezenas de países e devem ser preservadas, sem prejuízo da punição dos corruptos.
Ao se difamar essas empresas, com holofotes da Globo se as destrói, pois elas dependem de sua reputação e credibilidade, para obter contratos, financiamento, confiança dos fornecedores e de trazer divisas para o Brasil.
Também incoerente é o aumento dos juros sob o pretexto que a inflação estava subindo. Naturalmente, a elevação da taxa de juros não evita a inflação, mas causa a recessão. A falácia de que juros altos combatem a inflação tem uma suspeita: Talvez seja uma manipulação de bancos como Goldman Sachs, Morgan Stanley, JP Morgan Chase e Citibank, pois além de aumentar o custo da produção, os juros altos matam o empreendedorismo. Por que alguém arriscaria num empreendimento se com o mesmo capital pode ganhar mais sem se incomodar?
A primeira coisa a fazer para recuperar a economia seria baixar os juros e se os credores quiserem retirar seu dinheiro (que não existe)? Imprima-se, ou se crie restrições à retirada de grandes somas. Algo assim provavelmente será feito.
Sobre a desvalorização do Real, embora não intencional, foi uma benção; propiciou um alívio à indústria e ás contas correntes. Para comparar, a diferença com a Grécia é que lá não tem moeda própria e não podem desvalorizar o euro
Quando será fim do ‘petrodólar’?
O dólar é a principal moeda de reserva em todo o mundo e a venda de petróleo em dólares é essencial para manter sua demanda como moeda básica das reservas nacionais. A possibilidade de emiti-lo é um dos pilares da hegemonia dos EUA.
O dólar ainda parece seguro. Quem tentou vender petróleo em outra moeda – Sadam e Kadafi,- foram imediatamente "neutralizados" e o único rival, – o euro, passou a ser visto como de mais alto risco desde a crise da Grécia.
Entretanto, o dólar, impresso sem controle, só mantém seu valor porque os países o entesouram como reserva e grande quantidade de dólares se mantem sem entrar em circulação. O dia em que for aceita outra moeda o dólar perderá o valor.
Agora a Rússia ameaça esse processo. Começou com o fornecimento a China em rublos e yuans e ambas oferecem ao BRICS comércio em moedas locais e o esquema é forte demais para ser desmanchado a manu militarii.
Se conformarão os EUA com essa nova situação? Limitar-se-ão a pressões econômicas?
Ninguém sabe.
O BRICS vai morrer?
O jornal Financial Times’ previu a morte iminente do BRICS, estando os gigantes das commodities como Rússia e Brasil em dificuldades insuperáveis.
A situação explorada pelo “Financial Times” de que o BRICS estaria em frangalhos se baseia nas estatísticas de “recessões cada vez mais profundas no Brasil e na Rússia” – fatos indiscutíveis, assim como as preferências dos investidores estrangeiros por países mais afinados com o establishment financeiro. Baseado na perda do valor das commodities a conclusão do jornal poderia ser uma correta avaliação do cenário atual.
No entanto, não se sabe se a baixa do petróleo e das outras commodities é estrutural ou apenas cíclica. A avaliação que os BRICS estejam mortos é duvidosa, pelo menos pelos motivos alegados. Na verdade é apenas o desejo deles, de enterrar o BRICS. De qualquer forma o BRICS se desmancha se o Brasil se afastar, pois faltará ao grupo a segurança alimentar.
Provavelmente é este o objetivo real da oligarquia financeira mundial.
Já pensou?
Que a diplomacia e o comércio internacional, sem forças armadas, são somente exercícios de retórica? Que até a minúscula e paupérrima Coreia do Norte é respeitada por suas armas nucleares enquanto o gigantesco Brasil é menosprezado e ridicularizado sem possibilidade de reação?
Que 75% dos campos petrolíferos do planeta estão em acentuando declínio na produção e que a médio prazo o suprimento será menor do que a demanda, valorizando as reservas do Pré-sal?
Que temos garantido o suprimento energético e que, com o barril de petróleo a US$ 30, não interessa exportar agora? Que abrir novas licitações neste cenário é uma irresponsabilidade? Que propiciar o alijamento da Petrobrás em novas licitações é ultrapassar a irresponsabilidade e está no limite da traição?
Que manifestações para expulsar os corruptos é ótimo, desde que não venham ajudar aos também ladrões. Talvez seja melhor deixar que as quadrilhas briguem entre si e só intervir para manter a ordem.
Que a situação política poderia ser pior? Que se o Roberto Jeferson não tivesse querido se vingar, o Dirceu teria sido o presidente?
Que por exclusão entre os presidenciáveis honestos só resta o Bolsonaro? Que há quem o acuse na imprensa de querer nacionalizar o Nióbio, de não gostar do Kit gay nem do tamanho das reservas indígenas, que quer a pena de morte, que quer disciplina nas escolas etc? E que essas acusações só lhe aumentam o apoio?
Que o nosso País perdeu mais de 23 milhões de hectares de agricultura e pecuária, em dez anos, para unidades de conservação e terras indígenas e que os ambientalistas querem transformar mais 30 milhões de hectares de lavouras em mata nativa?
Que as usinas de Jirau e Santo Antônio não estão escoando toda a energia que produzem por conta de sabotagens nas linhas de transmissão, que se acredita serem inspirados pelas ONGs?
Que a união faz a força, mas estamos a dois passos de uma guerra civil? Que dá impressão que nem começou ainda mas que há muita coisa por vir. Que uma nação dividida é sempre um alvo fácil? Que os políticos não podem resolver o problema, porque o problema são eles.
BRASIL, DESPERTA!
Que Deus inspire nossas decisões
Gelio Fregapani