Cerca de 1.200 ex-membros do grupo rebelde colombiano Farc não se desmobilizaram sob um acordo de paz e ao invés disto se juntaram a facções dissidentes ainda lutando contra o governo, disse nesta terça-feira o chefe dos militares, quadruplicando a estimativa oficial inicial de dissidentes.
A maior parte dos membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entregou suas armas no começo do ano passado e agora faz parte de um partido político, após o grupo lutar contra o governo por mais de cinco décadas.
O general Alberto José Mejia havia estimado em fevereiro de 2017 cerca de 300 combatentes dissidentes.
“Estes dissidentes cresceram em algumas partes do país. Inicialmente houve um salto de 500 para 750, para 1.000… e agora o número é de aproximadamente 1.200”, disse Mejia a repórteres.
Mais de 12.200 combatentes e simpatizantes das Farc estão participando de programas de reintegração. O grupo entregou mais de 8 mil armas à Organização das Nações Unidas durante desmobilização e apresentou candidatos pela primeira vez na eleição deste mês.
Dissidentes das Farc se juntaram a grupos criminosos e a rebeldes do Exército de Libertação Nacional (ELN) na lista das principais ameaças de segurança ao país desde a desmobilização, num momento em que os grupos diferentes lutam entre si e contra forças da segurança para controlar lucrativas rotas de tráfico de drogas e áreas de mineração ilegal.
“Estes restantes estão dedicados especificamente ao tráfico de drogas, ao desenvolvimento de economias ilegais”, disse Mejia, acrescentando que extorsão também é uma fonte de financiamento para os dissidentes.
Duzentos e quarenta e oito dissidentes das Farc foram capturados, mortos ou se entregaram às autoridades desde que a ofensiva contra eles começou em meados do ano passado, segundo Mejia.
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