1 – Íntegra da Nota da CNBB / MJ / MPF e IAB
Assinada em evento na Sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, Brasília DF.
Conclamação ao Povo Brasileiro
Considerando as graves dificuldades institucionais, econômicas e sociais da atual conjuntura nacional, que geram inquietação e incertezas quanto ao futuro; Considerando que nenhuma crise, por mais séria que seja, pode ter adequada solução fora dos cânones constitucionais e legais em decorrência do primado do Direito; Considerando que as divergências naturais, numa sociedade plural, não devem ser resolvidas, senão preservando-se o respeito mútuo, em virtude da dignidade da pessoa humana; Considerando que, em disputas políticas, necessariamente haverá aqueles que obtêm sucesso e aqueles que não alcançam seus objetivos; Considerando que, nestes casos, o êxito não pode significar o aniquilamento do opositor, nem o insucesso pode autorizar a desqualificação do procedimento; Considerando que, sejam quais forem os grupos políticos, suas convicções e valores não devem ser colocados acima dos interesses gerais do bem comum do Estado, que tem o dever de priorizar os grupos mais vulneráveis da população; Considerando, por fim, que às entidades subscritas cabe desenvolver o seu mais ingente esforço para assegurar a prevalência das garantias constitucionais, norteadas por nossa Carta Cidadã de 1988 no artigo 3º: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I. construir uma sociedade livre, justa e solidária; Conclamam todos os cidadãos e cidadãs, comunidades, partidos políticos e entidades da sociedade civil organizada, a fazer sua parte e cooperar para este mesmo fim, adotando, em suas manifestações, a busca permanente de soluções pacíficas e o repúdio a qualquer forma de violência, convictos de que a força das ideias, na história da humanidade, sempre foi mais bem sucedida do que as ideias de força. Se assim o fizermos, a História celebrará a maturidade, o equilíbrio e a racionalidade de nossa geração que terá sabido evitar a conflagração, que somente divide e não constrói, fazendo emergir dos presentes desafios, ainda mais fortalecidas, as Instituições, a República e a Democracia. |
2 – Nota de O Globo
CNBB, MPF e governo temem que disputa política leve à violência
Acirramento da crise leva Igreja a reunir representantes da sociedade
ANDRÉ DE SOUZA
O Globo
BRASÍLIA – O acirramento da crise política brasileira e o risco de que o embate ideológico resulte em violência fez com que a Igreja Católica procurasse representantes do governo e da sociedade civil. Ontem, em evento ocorrido na sede Conferência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), um documento foi assinado pelo ministro da Justiça., Eugênio Aragão, e membros do Ministério Público e da advocacia para que haja um compromisso com soluções pacíficas para a crise.
O texto, intitulado Conclamação Dirigida ao Povo Brasileiro, foi assinado pelo ministro da Justiça; pelo secretário geral da CNBB, Leonardo Steiner; pelo procurador da República Aurélio Veiga dos Rios, que representou o Ministério Público Federal (MPF); e pelo presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Técio Lins e Silva.
No documento, as entidades destacam que o êxito de um lado na política não pode significar o aniquilamento do outro. Também "conclamam todos os cidadãos e cidadãs, comunidades, partidos políticos e entidades da sociedade civil organizada, a fazer sua parte e cooperar para este mesmo fim, adotando, em suas manifestações, a busca permanente de soluções pacíficas e o repúdio a qualquer forma de violência, convictos de que a força das ideias, na história da humanidade, sempre foi mais bem sucedida do que as ideias de força".
Em seguida, acrescenta: "Se assim o fizermos, a História celebrará a maturidade, o equilíbrio e a racionalidade de nossa geração que terá sabido evitar a conflagração, que somente divide e não constrói, fazendo emergir dos presentes desafios, ainda mais fortalecidas, as Instituições, a República e a Democracia".
Leonardo Steiner destacou que as diferenças são salutares e necessárias, mas rechaçou a opção pela agressão a quem pensa de forma contrária.
Para nós que temos o Evangelho como livro de vida, cada pessoa humana é um filho e uma filha de Deus. E ninguém pode agredir um filho e uma filha de Deus, seja por meio da palavra ou de uma agressão física, disse Steiner.
O ministro Aragão apontou para o sentimento de ódio e raiva decorrente da disputa política. Ele, entretanto, criticou a oposição, e disse que há pessoas interessadas no "quanto pior, melhor". Aragão afirmou que as tentativas de retirar a presidente Dilma Rousseff do cargo têm origem no resultado da última eleição.
Parece que há grupos, pessoas interessadas no quanto pior, melhor. E com isso deixando o país com dificuldades de manter a qualidade na sua governança e deixando a economia em suspenso na insegurança, disse o ministro.
Um dia após alertar que o clima de intolerância entre os que defendem o governo e os pró-impeachment pode gerar "um cadáver", o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, foi ameaçado de morte em seu perfil no Facebook. "Olha Edinho Silva filho da puta que vai morrer é você e os petistas". Em outro comentário ele diz que os petistas devem morrer à "bala". O Ministério da Justiça determinou que a Polícia Federal investigue a ameaça de morte a Edinho.
3 – Nota DefesaNet
Mais uma peça da Guerra Informacional lançada pelo Goveno Dilma Rousseff em sua tentativa de sobrevivência. Assim aliados de longa data do Governo alinharam-se em uma documento muito interessante.
No mesmo momento em que era realizado o evento na sede da CNBB, proximo ao Palácio do Planalto, neste o Governo e os filhos da CNBB distribuiam ódio e agressões a todos os opósitores.
“Ninguém pode agredir um filho e uma filha de Deus”
Dom Leonardo Steiner – Secretário-Geral da CNBB
As palavras do Secretário-Geral da CNBB, paraecem que lidas corretamente são: Ninquem pode agredir um fllho ou filha de Deus e que sejam seguidores do Governo, quanto aos demais…....
Matérias Relacionadas
Acompanhe mais matérias nas Coberturas Especiais