Julia Lindner
O Estado de S.Paulo
01 de março de 2020
BRASÍLIA – O Grupo de Lima condenou o ataque sofrido pela comitiva do autodeclarado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, durante manifestação contra o governo de Nicolás Maduro, na cidade de Barquisimeto, no último sábado, 29. Em nota, o Brasil e os outros países que compõem o grupo afirmaram que a situação é "intolerável" e voltaram a defender a convocação de eleição presidencial.
"Os governos de Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela, membros do Grupo de Lima, condenam os atos de violência cometidos por grupos paramilitares da ditadura de Nicolás Maduro contra o presidente encarregado Juan Guaidó, o povo que o acompanhava e membros da imprensa que cobriam a atividade na cidade de Barquisimeto, estado de Lara", diz o texto.
? Venezuela: Así quedó la camioneta de Juan Guaidó atacada a Balazos pic.twitter.com/RGHsZD0UoK
— Tiempo de Noticia ® (@TdnNoticia) February 29, 2020 <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>ssss s
De acordo com a nota, a agressão deixou mais de uma dúzia de feridos. Entre eles, um menor de idade foi baleado. Não há informações sobre o estado das vítimas.
"Isso se converteu em padrão sistemático de violação de direitos humanos pelo regime, por isso reiteramos que essa situação é intolerável para a região, contraria os valores democráticos e não contribui para a solução da grave crise pela qual está passando o país. Mais uma vez reafirmamos que o mecanismo para resolver a crise pela qual a Venezuela está passando é uma eleição presidencial livre e justa", afirma a nota do Grupo de Lima.
No Twitter, Guaidó enviou um recado para o que chamou de "covarde ditadura" de Nicolás Maduro. "Vamos com tudo", escreveu. "Para isso necessitamos de todos: unidos e mobilizados. Em 10 de março, todos nas ruas", disse. Ele também tem compartilhado desde ontem diversas notas de apoio após o ataque.