Armando Brasil
Pensando o Brasil
Toda ação humana é uma intervenção pois os seres humanos por serem dotados de razão e de vontade são os únicos capazes de praticá-la.
Toda intervenção se dá em um determinado espaço, a um dado tempo e busca um objetivo.
A intervenção sempre requer um planejamento.
Se ela se dá no curto espaço e em tempo curto ela requer um planejamento operacional.
Se ela se dá no largo espaço e no curto tempo ou no curto espaço e longo tempo ela requer um planejamento tático.
Se ela se dá no longo espaço e com longo tempo ela requer um planejamento estratégico.
Método prospectivo é algo mais complexo que cenários e envolve várias técnicas desde o chamado brainstorm até perspectiva de janela.
Cenário é uma técnica que envolve usar o presente, via tendência, para projetar o futuro.
O futuro se constrói por ruptura não por tendência. Quanto mais longo o tempo mais rupturas mais incerteza.
Logo cenários para planejamento de longo prazo é erro metodológico. Nada vale.
O que vale sempre é o objetivo da intervenção.
Assim era o método do planejamento da ESG até a introdução deste método prospectivo, válido para planejamento operacional e tático de curto prazo como instrumento acessório.
Houve então uma deturpação no método pela retirada do que seria o objetivo a ser perseguido e sua substituição pela condição reinante.
Um tiro no caráter desenvolvimentista do método.
Planejar uma operação naval, cabe a cenarização com ferramenta acessória nada mais que isto.
Aplicar cenário em planejamento estratégico é usar martelo para apertar parafuso.
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