A gangue criminosa Família do Norte (FDN), que destroçou os rivais do PCC no domingo, 1, em Manaus, criou até um funk para ‘comemorar’ a chacina de 56 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (COMPAJ). O massacre é o maior já ocorrido no sistema prisional do País depois do banho de sangue no Carandiru de São Paulo – 111 mortos em outubro de 1992.
A letra mostra toda a arrogância e o descaso da FDN, que é apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção do crime no Brasil – em estrutura e poder, fica atrás apenas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV).
O funk do crime desafia o governo. “Vou passando outra visão para o Estado se ligar. Nossa estrutura aqui é forte, jamais vão nos derrubar.”
A organização criminosa surgiu por volta de 2006 com a aliança de dois líderes do tráfico no Amazonas que cumpriam pena em presídios federais. Gelson Lima Carnaúba, o G, e José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba, saíram do sistema prisional federal com destino ao Amazonas “determinados ou orientados”, segundo a PF, a estruturarem a gangue criminosa nos moldes do PCC e CV.
O FUNK DA GANGUE FAMÍLIA DO NORTE
Aqui é o crime organizado tá tudo monitorado
Vou passando outra visão para o Estado se ligar
Nós aqui é pelo certo e não aguenta safadeza
Papo reto, meu parceiro, pode crê nós está no pique |