A China está ameaçando a soberania nas pequenas ilhas do Pacífico e prejudicando a estabilidade da região, disse uma autoridade militar norte-americana de alto escalão nesta quinta-feira, em comentários que tendem a inflamar as tensões com o país asiático.
As relações entre Estados Unidos e China melhoraram em janeiro com a assinatura de um acordo comercial que neutralizou uma briga de 18 meses que impactou o crescimento global, mas as tensões permanecem.
O almirante Philip Davidson, chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA, disse que seu país está completamente envolvido no esforço de conter a China no Pacífico, mencionando “reivindicações territoriais excessivas, diplomacia de armadilha de dívida, violações de acordos internacionais, roubo de propriedade internacional, intimidação militar e corrupção total”.
“O Partido Comunista da China procura controlar o fluxo de comércio, finanças, comunicações, política e o modo de vida no Indo-Pacífico”, afirmou Davidson em um discurso em Sydney.
A embaixada chinesa na Austrália não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. No passado, a China rejeitou acusações de comportamento agressivo e de atrair pequenas economias para “armadilhas” de dívida.
A China tem sido mais ativa no Pacífico, rico em recursos, nos últimos anos, buscando ampliar sua influência com ajuda e incentivo aos países locais e os encorajando a se afastarem de manterem laços diplomáticos com Taiwan, que a China considera uma província sua que se rebelou e que não tem direito a laços entre Estados.
A crescente assertividade da potência asiática no Mar do Sul da China, rico em energia, em particular, levantou preocupações regionais e dos EUA.
A China reivindica a maior parte do território marítimo, pelo qual passam 3,4 trilhões de dólares em remessas a cada ano. Países como Malásia, Filipinas, Vietnã e Brunei reclamam partes do mar.