IRIS-T – Integração no F-5 é uma necessidade real e imediata
Nelson During
Editor-chefe DefesaNet
A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou (21DEZ2021), a aquisição de um lote de mísseis IRIS-T da fabricante alemã Diehl. Trata-se do mais avançado míssil de sua categoria, equipa toda frota internacional de aviões Gripen da atualidade, além de diversos outros modelos de aeronaves de caça, como o Eurofighter, F-18, F-16 e Tornado de parceiros europeus. O míssil foi integrado também nos caças F-5 da Força Aérea da Tailândia. (ver FAB assina contrato para aquisição dos modernos mísseis IRIS-T)
O IRIS-T é conhecido como um game changer no combate aéreo moderno graças a sua tecnologia embarcada e alta confiabilidade. Com alcance de até 30km ele pode ser usado no limite da arena de combate BVR. Graças ao seu longo alcance e alta capacidade de manobrabilidade, é o míssil ideal para ser integrado aos caças F-5 da FAB, podendo ser utilizado em combate aéreo nas arenas de curta distância e além do alcance visual. Atualmente a frota de F-5 da FAB possui limitação de armamento ar-ar já que quase todos os seus mísseis Python IV estão inoperantes.
A FAB já tinha encomendado um lote de IRIS-T para o Gripen, que será entregue pela SAAB após a integração no avião. Esse Segundo lote poderia suprir as necessidades imediatas de armamento da frota de caças F-5 da FAB, equipando os aviões com um míssil capaz de enfrentar qualquer ameaça regional enquanto que os F-39 E/F não entram em serviço, o que, segundo informações pode vir a atrasar pelo menos dois anos do cronograma original.
A integração no F-5 também prepararia melhor os pilotos da caça e sua futura adaptação ao F-39. Posteriormente, esses mísseis seriam redistribuídos aos esquadrões de Gripen à medida que o F-5 inicia seu desfazimento.
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Disparo do míssil IRIS-T desde um F-5ST Super Tigris da Royal Thai Air Force. Data Novembro 2020 Captura Video: RTAF
A questão da integração do IRIS-T no F-5, tal qual foi feita na Tailândia (que também opera o Gripen) é o assunto que tem tomado conta das conversas na Aviação de Caça, pois representa uma oportunidade imediata e eleva substancialmente a capacidade de combate das aeronaves, colocando elas em prontidão operacional até que os F-39 Gripen assumam definitivamente a tarefa de Defesa Aérea.
Notas
1 – Importância em especial após a paralisia do programa bi-nacional A-Darter com a África do Sul.
2 – A FAB mantém intercâmbio com a RTAF dentro do Grupo de operadores do Gripen
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F-5ST Super Tigris da Royal Thai Air Force com míssil IRIS-T. Foto Cortesia RTAF
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F-5ST A Super Tigris com míssil IRIS-T e ala com míssil Sidewinder AIM-9P da Royal Thai Air Force. Foto Cortesia RTAF