Editorial DefesaNet
Punam-se o Brigadeiro e o Coronel
O dia 23 de fevereiro de 2019, dois após comemorarmos 74 anos da maior conquista recente, em campo de Batalha, a Tomada de Monte Castelo, as Forças Armadas não tiveram um dia dos mais felizes.
A decisão pelo governo de participar da Ajuda Humanitária à Venezuela desencadeou uma fúria de agressões ao governo, desmerecimento dos militares, ofensas e, em um amplo espectro político e da imprensa, ataques insanos.
Começa com o Brasil ser lacaio dos americanos e por aí vai.
A Grita é Geral: “O Brasil não tem nada com isso!”
Entre muitos relacionamentos DefesaNet cita só um: o retorno do Sarampo importado da Venezuela devido às más condições sanitárias daquele país, que recolocoram o país na rota desta doença. E já causou centenas de mortes de brasileirinhos, brasileirinhas e indígenas.
(Ver matéria do Estadão – OMS alerta para proliferação de surto de sarampo na fronteira entre Brasil e Venezuela)
Do espectro político temos a declaração do Deputado Federal Orlando Silva (PCdoB/SP) em palavras desairosas às Forças Armadas Brasieliras em sua conta de twitter. Posição contestada de forma brava e altiva pelo Tenente-Brigadeiro-do-Ar Carlos Baptista Jr., atualmente vinculado ao Ministério da Defesa.
Fragilidades em nosso sistema militar? Responsabilidades devem ser apuradas e punidas. Quantos mísseis #FAB poderia ter a mais com os “ injustificáveis” gastos com o Mané Garrincha, em Brasília? Consegue explicar @orlandosilva, ministro dos Esportes da época destes absurdos. https://t.co/rpURJR1Qr9
— Brigadeiro Baptista Jr (@CBaptistaJr) 23 de fevereiro de 2019
Mais tarde, o Coronel do Exército Brasileiro José Jacaúna – Chefe da Operação Acolhida, em Paracaima (RR) – foi de uma clareza espetacular no seu comentário ao Estadão, muito similar ao do Jornal Nacional:
“Foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano e esperamos que isso não fique assim”, disse o coronel José Jacaúna, chefe da Operação Acolhida, que, segundo ele, foi afetada e paralisada neste sábado. “Algo deve ser feito em termos de relações internacionais. Alguma ação diplomática em face a esse governo (Maduro) que nos atacou. Não há uma ofensa ao território nacional, mas há rusga.”
“Quem vai dizer que foi uma agressão ao País é o presidente (Jair Bolsonaro), nosso comandante. Não reconhecemos o governo Maduro. A diplomacia já disse isso e é quem deve se manifestar”, completou.”
No Domingo (24FEV2019) o Coronel Jacaúna estava novamente em missão na fronteira e sua ação serviu para afastar grupos que atiravam pedras no blindados chineses V4N, da Policia Nacional Bolivariana.
Esta foto reproduzida abaixo é icônica e representa a ação e momento das Forças Armadas Brasileiras.
Os homens de frente isolados de TODA a estrutura de comando militar.
O Coronel Jacaúna frente à Força Nacional Bolivariana, excepcional foto de Tiago Orihuela, via @MatheusSchuch, ambos de Zero Hora.
Estes dois oficiais merecem uma Corte Marcial!
Como ousam posicionar-se em defesa do Brasil e de suas instituições?
Realmente impensável que algo tão grave possa acontecer aos militares Brasileiros.
Refazemos a primeira frase deste editorial: O dia 23 de Fevereiro foi um dos dias mais “Felizes” para as Forças Armadas Brasileiras por ter oficiais como o Brigadeiro e o Coronel."
Nota DefesaNet
Ao mesmo tempo que publicávamos o Editorial DefesaNet o Ministério da Defesa lançou uma Nota à Imprensa
Ministério da Defesa Nota à Imprensa Link
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