Notas Estratégicas de 25 Fevereiro 2022 Notas Estratégicas BR – Ucrânia — Diferente da posição do presidente os militares brasileiros apoiam a Ucrânia EB Notas Estratégicas – VBC Cav e as Lições Operacionais da Ucrânia O Editor |
Nelson Düring
Editor-chefe DefesaNet
Um assunto que tem sido parte das discussões em Brasília é a escolha do novo Ministro da Defesa. Walter Braga Netto está confirmado como vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro e deverá se desincompatibilizar até o fim de março.
Para seu lugar, três opções têm sido analisadas. O primeiro é do atual ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, que tem feito campanha para o cargo. O nome dele é o que possui maior resistência entre os militares.
Fontes das Forças Armadas disseram que Ramos é um nome fora de questão e que criaria uma crise entre FFAA e Governo. Ele não é bem-visto dentro do Exército e da Marinha e já teria dito que se fosse escolhido Ministro trocaria os atuais Comandantes.
O segundo nome é do atual Comandante do Exército, General Paulo Sérgio, que se candidatou a pedido do Alto Comando do Exército para se contrapor a Ramos.
Enquanto a guerra entre os dois generais se desenrola, vem o nome do ex-comandante do Exército, General Leal Pujol. Amigo e colega de turma de Jair Bolsonaro na AMAN é visto como o nome mais preparado para assumir o cargo de Ministro da Defesa já que possui liderança e boa relação com Marinha, Exército e Aeronáutica. Foi a imagem de Leal Pujol que blindou Bolsonaro das ameaças do STF.
Uma fonte militar afirmou à DefesaNet que foi após sua substituição que Bolsonaro perdeu a influência sobre as Forças Armadas.