A ação sem precedentes na história do Brasil com a invasão dos prédios públicos mais importantes do Governo Federal é uma tragédia anunciada e foi resultado do desmonte das áreas de inteligência militar e de Estado.
Enquanto que o Exército Brasileiro gasta bilhões de reais no SISFRON, projeto que não tem mais razão para existir e que não traz qualquer benefício tático-estratégico, muito menos resultados práticos, a Força Terrestre não tem recursos capazes de investir em sistemas e sensores de inteligência eletrônica e de sinais, cujos recursos necessários são uma fração daquela investida em outros projetos.
Exército, Marinha, Aeronáutica, Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) necessitam urgentemente investir em tecnologias capazes de interceptar sinais, prever ações criminosas e apoiar a decisão, evitando assim que ações lamentáveis como as acontecidas hoje se repitam.
Nota DefesaNet
Em julho de 2021 publicamos o artigo “Notas de um Fiel Observador”
(https://www.defesanet.com.br/tt/noticia/41382/Notas-de-um-Fiel-Observador/)
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Inteligência Uma das prioridades atuais é a modernização dos sistemas de inteligência das Forças Armadas. Nosso entorno estratégico está tomado de agentes e forças extrarregionais. A luta incessante contra o narcotráfico e o crime organizado requerem uma inteligência militar modernizada com sistemas avançados de COMINT (Communications Intelligence) e ELINT (Eletronics Intelligence, sensores eletro-ótpticos e ferramentas cibernéticas. Como se diz, o investimento em inteligência é um dos menores e mais efetivos. As ordens de grandeza na Inteligência são muito pequenas, ínfimas frações em comparação com os custos das Forças convencionais, mas os resultados são bastante significativos. A inteligência pode vencer a guerra mesmo antes dela começar. A instabilidade política no Brasil e nos países vizinhos, agravadas pela pandemia e pelas mudanças de governo, com a movimentação de diferentes atores requer mais atenção e capacidades ampliadas dos serviços de inteligência da Marinha, Exército e Aeronáutica, e a necessidade urgente da criação de uma agência de inteligência para o Ministério da Defesa. |