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TAURUS na LAAD 2011

Alexandre Beraldi

A TAURUS, desta vez, trouxe para a LAAD 2011 novidades de fato, ou seja, produtos nunca antes mostrados em outras feiras e eventos, nem mesmo no famoso SHOT SHOW 2011, ocorrido em janeiro passado, na cidade de Las Vegas, EUA.

A primeira novidade é a TAURUS ST12, uma espingarda de repetição em calibre 12 com câmara de 3 polegadas (Magnum), podendo também calçar a tradicional munição 2 ¾  (12/70).  Na LAAD foi apresentada sua configuração militar e policial, com cano de alma lisa com opções de 18 ou 20 polegadas de comprimento, equipado com um quebra-chamas do tipo “stand off” capaz ser utilizado em operações de arrombamento de portas, bem como com um defletor de calor que protege o atirador do contato com esta parte da arma. Sobre o cano, uma massa de mira equipada com um fio de fibra ótica melhora muito a visada durante o tiro em ambientes adequadamente iluminados natural ou artificialmente, tal qual quando do emprego conjunto com lanterna tática, sendo que o guarda-mão dianteiro vem equipado com um trilho Picatinny, prevendo justamente a utilização deste tipo de acessório, entre outros.

A arma possui um carregador tubular com capacidade para 7 cartuchos, uma trava de gatilho de acionamento transversal, facilitando o uso ambidestro, e uma empunhadura vertical do tipo “pistol grip”, permitindo o emprego confortável em diversas posições de tiro. Sua coronha é rebatível para o lado esquerdo, não interferindo com a operação do armamento, sendo também, numa configuração similar à do fuzil de assalto M-4, ajustável em comprimento, com 6 posições. É equipada com uma substancial soleira de borracha, de maneira a permitir um tiro confortável com as potentes munições 12 Magnum mesmo numa arma tão leve, que possui a caixa de culatra em duralumínio.

Outra novidade foi a renovada linha de submetralhadoras e carabinas, composta pelas submetralhadoras MT9 G2, no calibre 9x19mm OTAN, e MT40 G2, no calibre .40S&W, bem como pelas carabinas CT40 G2C e CT40 G2L, ambas no calibre .40S&W. Estas novas armas têm um sistema de construção similar ao do fuzil de assalto FN SCAR, com uma caixa de culatra feita em alumínio extrudado e anodizado sobre um conjunto de alojamento para o sistema de gatilho e carregador (Lower) em polímero, porém, diferentemente do famoso fuzil de assalto, estas armas operam no tradicional sistema “blowback”, mais simples e apropriado para os calibres típicos de armas curtas. Todas são equipadas com uma coronha polimérica ajustável em comprimento e rebatível para a direita muito similar à do citado fuzil, porém sem o ajuste de altura de visada. Também são equipadas com um “pistol grip” padrão do fuzil de assalto M-4, o que permite sua eventual substituição por similares presentes no mercado internacional, como os da Magpul, Hogue ou Tango Down. Outras semelhanças são a alavanca de manejo reversível para o lado direito ou esquerdo, o seletor de tiro ambidestro e os trilhos Picatinny, porém a TARUS vai além, incluindo um retém de ferrolho ambidestro, um apoio para a mão no alojamento do carregador e miras com pontos de trítio. As submetralhadoras MT9 G2 e MT 40 G2, bem como a carabina CT40 G2C, possuem um comprimento máximo de 672mm a 753mm, dependendo da posição de extensão da coronha, um comprimento com a coronha rebatida de 466mm e cano de 200mm, sendo que as submetralhadoras têm uma cadência cíclica de 700 a 800 disparos por minuto e peso de 3,29 kg, empregando carregadores curvos de 34 disparos no calibre 9x19mm OTAN, ou retos de 30 disparos no calibre .40S&W. A carabina CT 40G2C pesa apenas 3,1kg e, como sua similar CT40 G2L que pesa 3,86kg com um cano de 412mm, emprega também os carregadores retilíneos de 30 disparos.

A grande novidade anunciada no evento foi a entrada da TAURUS no mercado de fuzis de assalto e lançadores de granadas de projeto e fabricação próprios. Após o término do acordo com a IWI com relação à produção e comercialização do fuzil de assalto TAVOR em suas diversas versões e seus acessórios, a TAURUS apresentou seu fuzil de assalto ART556, sua carabina CT556 e seus lançadores de granadas LT37/38 e LT40.

O fuzil de assalto ART556, no calibre 5,56x45mm OTAN, é claramente baseado no fuzil de assalto FN SCAR, tanto em suas soluções construtivas como em seu sistema de operação: possui uma caixa de culatra feita em alumínio extrudado e anodizado sobre um conjunto de alojamento para o sistema de gatilho e carregador (Lower) em polímero, funcionando pelo sistema de tomada dos gases do disparo que agem sobre um pistão, o qual movimenta o transportador do ferrolho que opera um ferrolho rotativo com seis ressaltos de trancamento.  Estão presentes também a coronha polimérica ajustável em comprimento e rebatível para a direita, sem o ajuste de altura de visada, o “pistol grip” padrão do fuzil de assalto M-4, a alavanca de manejo reversível para o lado direito ou esquerdo, o seletor de tiro ambidestro e os trilhos Picatinny por todo o topo do conjunto composto pela caixa de culatra e o guarda-mão, bem como nas laterais e na parte inferior deste, tendo sido incluído também nesta arma o retém de ferrolho ambidestro e o apoio para a mão no alojamento do carregador. Com 750mm de comprimento total, 463mm com a coronha rebatida e cano de 254mm (existindo versões com outros comprimentos de cano), a arma emprega os carregadores padrão AR-15/M-16/M-4 (STANAG 4179), pesando 3,6kg com um carregador vazio para 30 cartuchos feito de alumínio inserido na arma. O que diferencia o fuzil de assalto ART556 da carabina CT556 é o seletor de tiro: segurança, semi-automático, “burst” de três disparos e fogo automático para o fuzil, e somente as duas primeiras posições para a carabina.

Os lançadores de granadas LT37/38 e LT40 são uma interessante solução até então  inexistente no mercado nacional. Possuem um tubo de 37/38mm para o emprego de munições menos letais ou um tubo de 40mm para o emprego de munição padrão 40x46mm OTAN, sendo estes tubos intercambiáveis. O sistema de disparo é por ação dupla com cão, o que traduz um enorme aumento na segurança do manuseio do armamento quando comparado a um similar, como o onipresente M203, que opera com mecanismo de disparo de ação simples. Inobstante o sistema de disparo mais seguro, os LT 37/38 e LT40 possuem uma trava de segurança manual. A abertura para carregamento se dá como no lançador de granadas MK13 que acompanha o fuzil de assalto FN SCAR: o cano bascula para a esquerda ou para a direita, expondo totalmente a câmara de disparo, o que permite o carregamento ambidestro de granadas sem limite de comprimento total da munição, sendo que este comprimento total da munição normalmente é um fator limitante para lançadores de granadas como o M203, que emprega um sistema de abertura do cano por deslizamento à frente. A arma possui trilhos Picatinny acima e abaixo de sua estrutura, permitindo a acoplagem em armamentos diversos, ou ainda o uso de maneira independente, com o auxílio de uma coronha rebatível similar à do Para-FAL. O LT37/38 tem um comprimento total de 640mm com a coronha estendida e 380mm com esta rebatida, para um cano de 260mm. Já o LT40 emprega um cano de 220mm, com redução proporcional nos suas medidas. O peso da arma equipada com coronha é de 1,8kg.

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