O presidente da Forjas Taurus, Dennis Bráz Gonçalves, anunciou durante o Tá na Mesa da Federasul, nesta quarta-feira, 21, o ingresso da empresa no mercado de armas de uso restrito com produção de equipamentos militares no Brasil. O processo faz parte da modernização das Forças Armadas Brasileiras, e a intenção da Forjas Taurus é participar da licitação de fornecimento destes equipamentos.
A iniciativa é considerada a quarta onda da Companhia, fundada em 1939 e que entrou no segmento de pistolas nos anos 1980 com a aquisição da indústria Baretta. Dez anos mais tarde iniciou a fabricação de armas longas ao comprar a Rossi, de São Leopoldo (RS).
Segundo Gonçalves, a empresa já deu início ao processo de certificação do Fuzil M4, que é uma AR15 modelo militar, com capacidade para 30 cartuchos. Se aprovado, a produção do armamento para as Forças Armadas deve acontecer na fábrica localizada no Rio Grande do Sul. Ele acredita que a implementação do Estatuto do Desarmamento restringiu a compra de armas por civis no comércio legal desde 2003, diferente do que ocorre nos Estados Unidos, onde a legislação garante aos cidadãos o direito de possuir arma de fogo.
De cada 100 armas produzidas pela empresa, 70 são vendidas para americanos. “Podemos dizer que o mercado civil brasileiro mingua a olhos vistos. Hoje comprar uma arma no país envolve um processo burocrático tão complexo e longo que pode durar mais de oito meses e ainda custa mais caro que a própria arma”, revelou.
Enquanto nos Estados Unidos, a Forjas Taurus tem forte atuação no mercado de armas, no Brasil, a empresa reforça sua presença no segmento de capacetes para motociclistas, onde detém mais de 50% do mercado. A Forjas Taurus, com sede em Porto Alegre, tem oito unidades industriais no Brasil e Estados Unidos e exporta para mais de 70 países, atuando nos segmentos de defesa e segurança e, de metalurgia e plásticos. No exercício de 2012, a empresa registrou uma receita líquida de R$ 785 milhões.
