Os Submarinos “Timbira” (S-32) e “Tikuna” (S-34), incorporados à Marinha do Brasil nos anos de 1996 e 2005 respectivamente, compõem a gama de meios participantes da Operação “Atlântico III”, exercícios militares que envolvem cerca de 10 mil militares das três Forças Armadas em adestramentos conjuntos e também de apoio à população nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O “Timbira” foi o segundo submarino brasileiro construído no Arsenal de Marinha, dentro da estratégia de aquisição do domínio completo do ciclo "Projeto, Construção e Reparação" desses meios em território nacional. Seu projeto é baseado no modelo alemão do IKL-209, que originou no Brasil a Classe Tupi. O S-32 é capaz de mergulhar a uma profundidade de 250 metros e pode alcançar a velocidade superior a 20 nós, com autonomia de 50 dias.
O “S-34” é o quarto submarino da Marinha construído no Brasil. O seu projeto também é baseado no modelo alemão do IKL-209; entretanto, foram realizadas diversas inovações tecnológicas que lhe propiciam um melhor desempenho operacional, entre eles a menor emissão de ruídos; maior período de operação submerso, em particular durante as operações de recarga de baterias; além de avançados sistemas de sensores e controles de armas.
A Operação “Atlântico III”, que ocorre no período de 19 a 30 de novembro, abrangerá a área marítima dentro da "Amazônia Azul" e parte do território nacional, e terá foco nas linhas de comunicação marítima das regiões Sul e Sudeste; e na defesa de estruturas estratégicas, como portos; refinarias; e usinas hidrelétricas e nucleares. Constam, ainda de seu planejamento, o controle de área e tráfego marítimo; missões de interceptação; defesa de costa; patrulha marítima; transporte aéreo logístico; defesa antiaérea; e coordenação e controle do espaço aéreo.
Ao longo da Operação serão empregados dois navios escolta, dois navios de apoio, dois submarinos, três navios-patrulha e seis helicópteros da Marinha do Brasil.