Desembarque de militares do mar para terra marca o Dia D do exercício
Por Capitão-Tenente (RM2-T) Vanessa Mendonça
Na manhã deste domingo (22), o exercício multinacional “Solidarex 2024” teve o seu ponto alto, considerado o “Dia D”. As Marinhas do Brasil, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México e Peru realizaram um treinamento conjunto de operações anfíbias em resposta a um desastre natural (simulado) de grande escala. O desembarque do mar para terra de equipes especializadas em resgate e salvamento de vítimas afetadas em áreas urbanas ocorreu na praia de Miramar, na região de Ancón, litoral do Peru.
A Marinha do Brasil (MB) empregou uma aeronave AH-11B (Super Lynx) embarcada na Fragata “Liberal”, para lançar militares de operações especiais, que fizeram uma incursão inicial, reconhecendo o terreno para a chegada das tropas. Também foram enviados ao treinamento médicos e enfermeiros para assistência médico-hospitalar a vítimas.
Para o Ministro da Defesa do Peru, Walter Astudillo Cháves, exercícios como a “Solidarex” fortalecem a solidariedade entre os países. “Agradeço as nações das Américas e de outros continentes, que participam como observadores. Que possamos continuar a nos preparar, uma vez que os desastres não nos avisam quando vão chegar. Continuemos no caminho da unidade, da fraternidade e da solidariedade”, afirmou.
Entenda o “Dia D”
Com o objetivo de desenvolver competências em ações militares conjuntas e coordenadas, o exercício multinacional “Solidarex 2024” tem foco em assistência humanitária e apoio em caso de desastres naturais. Por isso, parte fundamental do exercício é treinar uma Força-Tarefa anfíbia multinacional para o desenvolvimento de operações anfíbias, entre as Marinhas participantes, em rápida resposta a catástrofes naturais de grande escala.
O exercício simula a ocorrência de um terremoto de alta magnitude em Lima, em que as Marinhas do Brasil, Colômbia, Equador, Estados Unidos, México e Peru mobilizam-se para dar apoio e assistência humanitária a população afetada, resgatar feridos, remover escombros e fornecer apoio aos deslocados. Militares da Argentina, Chile, Espanha, Itália, Panamá e República Dominicana participam como países observadores.
“A cooperação entre as Marinhas participantes além de aumentar o grau de interoperabilidade, solidariedade e fortalecimento dos laços de amizade, nos permite enfrentar os desafios regionais de forma coordenada”, explicou o Comandante do Grupo-Tarefa do Brasil no exercício, Capitão de Fragata Rogério Moreira Diniz.
Fonte: Agência Marinha de Notícias