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Rússia inicia construção de submarinos super modernos

Em submersíveis modernos serão estacionadas baterias e instalações energéticas autônomas em relação ao ar atmosférico. Os armamentos submersíveis constituem uma vertente da cooperação com os países da região da Ásia-Pacífico, considera o perito do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias, Vassili Kashin.

Os submarinos do projeto 677 Lada deverão vir a substituir os submersíveis a diesel Varshavianka que continuam sendo construídos nos marcos do projeto 636 (KILO – segundo a classificação ocidental). Estes navios são a modificação do projeto soviético 877 Paltus.

As embarcações dos projetos 877 e 636 são utilizadas e construídas para a Marinha de Guerra da Rússia, sendo também exportadas para as forças navais de outros países. Assim, 12 submarinos do gênero se encontram em serviço da Marinha chinesa. Além disso, seis navios do projeto 636 foram encomendados pelo Vietnam, o primeiro dos quais já foi posto em ação.

Segundo Vassili Kashin, contatado pela emissora VR, o primeiro submarino do projeto 677 foi entregue à Esquadra do Báltico em 2010. Supunha-se que teria a bordo novos elementos do sistema de armamentos, um sistema moderno de comando e uma notabilidade mais baixa em relação aos navios congêneres anteriores. Todavia, os testes efetuados puseram em relevo uma série de imperfeições técnicas que deviam ser eliminadas.

Em 2011, o comando da Força Naval anunciou a suspensão das obras nos marcos do projeto 677. Passado um ano, foi tomada a decisão de reiniciar a construção e de preencher todas as lacunas técnicas no seu funcionamento.

De acordo com especialistas, trata-se, ainda por cima, da modernização substancial de submarinos desta classe.

Um deles, o submersível Kronstadt, será dotado de baterias de íons de lítio o que aumentará a permanência em estado imerso. Planeia-se levar a bom termo todas as obras do projeto até 2015.

O segundo submarino, Sevastopol, será munido, pela primeira vez na história da Marinha russa, de uma instalação energética autônoma que funcione sem recurso ao ar atmosférico, podendo realizar a recarga de baterias sem a necessidade de emergir. Deste modo, o submarino convencional poderá ser equiparado, por algumas das características suas, ao submersível atômico. De notar que tais sistemas já se usam em submarinos ocidentais.

Considera- se que os submarinos super-modernos chineses Yuan também usam tais sistemas com base no motor de combustão externa Stirling. Hoje em dia, estão em vias de projeção e utilização vários tipos de blocos de energia, tendo cada um deles uma série de vantagens e deficiências próprias. Convém ressalvar que as instalações do gênero são todas complicadas, caras e pouco seguras. Um dos defeitos do motor Stirling, por exemplo, é a sua potência diminuta perante a dimensão e o peso maiores.

O sistema de energia russo se baseia em princípios diferentes. A semelhança da instalação energética do submarino alemão type 212, utiliza as células de combustível de hidrogênio. O hidrogênio se produz a bordo do navio por meio de um gerador electro-químico especial.

Depois de eliminar defeitos e de retomar a construção de submarinos Lada, a Rússia se dispõe a proceder à exportação destes engenhos sob o nome Amur-1650.

A região asiática será, pelo visto, o principal mercado das exportações russas, constata Vassili Kashin. Na Ásia Oriental ocorre a autêntica corrida aos armamentos submarinos. O Japão, reagindo ao reforço das Forças Navais da China, acaba de aumentar o parque de submarinos para 22 unidades. A Coréia do Sul está a implementar um vasto programa de desenvolvimento da Frota Submarina, tendo dominado as técnicas de construção de submarinos relativamente modernos. Os países membros da ASEAN – o Vietnam, a Indonésia, e a Singapura – também se empenham na concretização de tarefas semelhantes. Convém acentuar que todos os programas acima citados se realizam no âmbito da larga cooperação internacional.

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