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PROMINP – Desafios do polo industrial de Rio Grande

Nota do Editor

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O Editor

Informe da ABDI

Brasília, 26/02/13– Melhorar a comunicação entre os municípios impactados, estimular as empresas locais a priorizarem a qualidade e ampliar a mão de obra especializada. Esses são alguns dos desafios do polo naval de Rio Grande (RS) apresentados durante o lançamento do Plano de Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais para o Setor de Petróleo, Gás e Naval, que reuniu nesta terça-feira (26), em Brasília (DF), gestores do governo federal e dos cinco estados contemplados no projeto, entre eles o Rio Grande do Sul.
 
O Plano foi lançado no escopo do Plano Brasil Maior e do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (PROMINP). Ele é resultado de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Petrobras e vai beneficiar, além do Rio Grande do Sul, os estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. Os cinco territórios-precursores do projeto são, especificamente, Rio Grande-São José do Norte (RS), Maragogipe-São Roque (BA), Ipatinga-Vale do Aço (MG), Ipojuca-Suape Global (PE) e Itaboraí-Conleste (RJ).
 
Inspirado no modelo sul-coreano, o Rio Grande do Sul pretende adensar ainda mais sua cadeia naval e anuncia que há espaço para pelo menos mais dois estaleiros de grande porte na região. O vice-presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento Industrial (AGDI), Aloísio Félix da Nóbrega, lembra que até 2006 o estado não contava com uma indústria offshore desenvolvida, mas um contrato entre a Petrobras e um estaleiro de Rio Grande deu início a esse processo. “Temos nossa ‘benção geográfica’: uma hidrovia capaz de integrar muitas regiões. E ali queremos reproduzir a lógica das grandes montadoras automobilísticas, estudando as localidades que podem receber investimentos adicionais, mais empresas, mais polos. Não se trata só de investimentos financeiros do estado, e sim de uma ação de inteligência, de aproveitamento do potencial”, analisa Nóbrega.
 
Ele conta que atualmente empresas do Rio de Janeiro e de São Paulo já estão abrindo estaleiros e canteiros na hidrovia gaúcha. “O crescimento acontece e nem sempre dá tempo de as empresas locais se prepararem. Mas há espaço para que elas se desenvolvam e, futuramente, forneçam para além do estado. Aqui não estamos falando de produtividade apenas para o Rio Grande do Sul, mas para o Brasil”, enfatiza. Nóbrega ressalta ainda a importância de se aliar conteúdo local e competitividade. “Se não tivermos qualidade e preço, esse processo não é sustentável”.
 
Para o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, o Plano de Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais para o Setor de Petróleo, Gás e Naval vai ajudar o polo a estar mais preparado para fornecer bens e serviços à cadeia produtiva naval. “Vai tornar a indústria brasileira mais competitiva, seja para fornecermos à Petrobras ou, no curto e médio prazo, globalmente, com geração de trabalho e renda. Nós temos uma empresa-âncora, nós temos a demanda, nós temos os recursos naturais e, dentro desse contexto, a articulação entre os APL do país é estratégica”, assinala.
 
O evento de lançamento do Plano de Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais para o Setor de Petróleo, Gás e Naval contou com a participação da secretária de Desenvolvimento da Produção do MDIC, Heloisa Menezes, e do presidente da ABDI, Mauro Borges. Nesse primeiro dia de atividades, o objetivo foi apresentar o projeto e mobilizar atores públicos e privados nos estados. Foram compartilhadas informações sobre ações em curso nas instituições nacionais e estaduais e elaborada uma agenda preliminar de trabalho para o desenvolvimento do projeto.
 
“Com o Plano, estamos ampliando a capacidade de oferta da indústria nacional e, ao mesmo tempo, contribuindo com o desenvolvimento regional”, diz a secretária. Borges Lemos também destaca a interação entre as políticas públicas para o desenvolvimento produtivo e para o desenvolvimento regional. “Isso é parte do esforço feito pela presidenta Dilma para uma maior coordenação interna dentro do governo. Neste caso somando o Prominp, que é um programa extremamente consolidado, à política industrial”.

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