Defender a área marítima dos municípios de Itajaí, São Francisco do Sul e Paranaguá é o principal objetivo da Força-Tarefa Sul (FTS), integrante da Força Naval Componente da Operação “Atlântico III”. Os meios navais que fazem parte da FTS no mar são: a Fragata “Niterói”, a Corveta “Barroso”, a Navio-Tanque “Marajó” e o Navio de Desembarque de Carros de Combate (NDCC) “Almirante Saboia”, este último é o navio Capitânia da FTS – de onde as decisões são tomadas. Compõe, também, a FTS as aeronaves “Esquilo” (UH-11/12), “Super Puma” (UH-14) e ”Super Linx” (AH-11A).
Figurativos inimigos, representados por navios reais da Marinha do Brasil, simulam ameaças e ataques à região. O Comando da FTS é exercido pelo Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Marcio Ferreira de Mello, junto ao seu Estado-Maior. O Comando é responsável por determinar, por exemplo, melhores estratégias e formas de localização e de ataque ao inimigo figurativo.
A tripulação do NDCC “Almirante Saboia” é composta por 150 militares. Mas, durante operações como a “Atlântico III”, pode chegar a mais de 370 militares. “O navio vem desempenhando de forma eficaz a tarefa de ser um Capitânia, possui ótimas instalações. Conseguimos executar o comando e controle das ações de forma eficiente”, declarou o Contra-Almirante Ferreira de Mello.
O núcleo do Estado-Maior é formado por militares de variadas áreas como: informação, comunicação, planejamento, logística e operações, que dão assistência ao Comandante. Para reunir subsídios para as tomadas de decisão, é montado, no Capitânia, o Centro de Informações de Combate (CIC). A estrutura reúne comunicações satelitais, links de dados, vídeo conferência, entre outros sistemas, que recebem as informações necessárias sobre o inimigo e sobre os navios da Força.
“O CIC é o centro nervoso. Aqui é onde fluem todas as informações para que sejam filtradas pelos diversos sistemas que nós temos de compilação de dados táticos. As informações são filtradas, analisadas, pelo Estado-Maior e vão subsidiar linhas de ação para a decisão do Comandante, que depois serão transformadas em ações táticas. Além de determinar a ordem, acompanhamos e execução dela”, explicou o Chefe de Operações da Força-Tarefa Sul, Capitão-de-Corveta Luis Antonio Anidio Moreira.
Além de militares do Estado-Maior da Força, também estão embarcados no Capitânia NDCC “Almirante Sabóia” 110 fuzileiros navais, sete Mergulhadores de Combate, quatro Pilotos Aeronavais, além de 23 alunos do Colégio Naval, que participam dos adestramentos e trazem o máximo de realidade à Operação “Altântico III”.
Conheça o Navio
O Navio de Desembarque de Carros de Combate “Almirante Saboia” tem como característica principal o transporte de tropas para tomada de território. Possui 137 metros de comprimento e chega a uma velocidade máxima de 17 nós. Tem o raio de ação de mais de 9 mil milhas náuticas, quando navegando em velocidade econômica. Neste ano, o navio participou de diversos exercícios da Esquadra, como “Aspirantex”, “Tropicalex”, “Aderex”, além do levar suprimentos às ações da Missão de Paz da ONU no Haiti, da qual a Marinha do Brasil faz parte, e no Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade (POIT).