Encontro inédito entre os navios aconteceu na região marítima do Rio Grande do Norte
Por Primeiro-Tenente (RM2-T) Luciana Almeida – Agência Marinha de Notícias / A bordo do NAM “Atlântico”
O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico” e o Navio-Veleiro (NVe) “Cisne Branco” realizaram, na quinta-feira (17), o exercício “PASSEX”, na área marítima do Rio Grande do Norte. O encontro inédito entre os navios da Marinha do Brasil (MB) resultou do momento em que o Capitânia da Esquadra regressava do evento “Cúpula da Amazônia”, em Belém (PA), seguido de uma atracação em Fortaleza (CE), enquanto o NVe “Cisne Branco” se dirigia a à região Norte.
O exercício de passagem foi planejado, com antecedência, a fim de promover o inédito encontro dos dois navios mais icônicos MB em navegação. “É a primeira vez que esses dois grandes navios da nossa Marinha se encontraram no mar. Ambos têm grande representatividade para a Força. O primeiro por ser o Capitânia da Esquadra e o segundo por ter essa missão de incremento da mentalidade marítima no nosso País”, afirmou o Comandante do NAM “Atlântico”, Capitão de Mar e Guerra Mozart Junqueira Ribeiro.
De acordo com o Comandante do NVe “Cisne Branco”, Capitão de Mar e Guerra Sérgio Tadeu Leão Rosário, essa “PASSEX” destaca a capacidade da MB em conduzir múltiplas missões, com diferentes fins, no Atlântico Sul. “O encontro dessas duas importantes belonaves reflete, nas águas da nossa Amazônia Azul, os mais nobres e elevados sentimentos marinheiros. O NAM ‘Atlântico’ é o símbolo da imponência do nosso Poder Naval, enquanto o ‘Cisne Branco’ é a expressão viva das mais caras tradições navais brasileiras”, disse.
Logística do encontro
O comandante do NAM “Atlântico” explica que esse tipo de exercício costuma ocorrer entre navios de Marinhas amigas, quando navegam pela mesma região e as suas rotas permitem a realização de treinamentos conjuntos. “Para realizar esse encontro, o NAM ‘Atlântico’ lançou, antes da ‘PASSEX’, uma aeronave para que fosse feita a tomada fotográfica e, em seguida, adotou uma posição de mil jardas a ré [atrás] do ‘Cisne Branco’ e iniciou uma aproximação por bombordo [esquerda]. Então, o ‘Atlântico’ teve que se alinhar com o Navio-Veleiro. Deixamos a prioridade de manobra para o ‘Cisne Branco’, tendo em vista as peculiaridades dele, como o içamento de vela, a necessidade de posicionamento em relação ao vento e a questão meteorológica”, explicou o Comandante Mozart.
Sobre os navios
O NAM “Atlântico” foi projetado para as tarefas de controle de áreas marítimas, projeção de poder sobre terra, pelo mar e pelo ar. É apropriado, também, para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação de pessoal e em operações de manutenção de paz. Já o NVe “Cisne Branco” exerce funções diplomáticas e de Relações Públicas, cuja missão é representar o Brasil em eventos náuticos nacionais e internacionais, divulgar a mentalidade marítima e preservar as tradições navais.
Fonte: Agência Marinha de Notícias