A fragata “Constituição” é, agora, o meio naval que comanda o efetivo brasileiro na Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-Unifil). A embarcação substituiu a fragata “Liberal”, que ficou por oito meses no país árabe. A troca foi acompanhada por oficiais do Ministério da Defesa (MD), liderados pelo chefe de Operações Conjuntas do órgão, brigadeiro Ricardo Machado Vieira.
Durante a passagem de função, que aconteceu no último domingo (13), o comandante da FTM-Unifil, contra-almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, destacou a contribuição da “Liberal” como navio capitânia da Força. Por meio desse tipo de embarcação, foram ampliadas capacidades operacionais da missão, como permanência no mar e aumento do número de detecções de violações ao espaço aéreo libanês. A “Constituição” vai permanecer por seis meses no país árabe.
Além de participar da solenidade, a comitiva do MD conheceu as principais atividades realizadas pelo contingente brasileiro na Unifil. Os militares da pasta estiveram no Líbano de 10 a 15 de janeiro e receberam, também, os resultados da missão, que tem contribuído com as operações de interdição marítima e vigilância, ajudando as Forças Armadas do país a impedir a entrada de armas pelas águas.
A Unifil é uma das nove missões internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU) com participação de brasileiros. O efetivo é composto por 268 militares da Marinha do Brasil. O país tem contingente na operação desde novembro de 2011. Atuar em ações desta natureza é um dos objetivos estratégico de defesa, que determina o trabalho em missões de paz e de auxílio humanitário.
Balanço
Entre os dados apresentados durante a visita do MD, foi exposto que, em média, cada contingente fica 130 dias no mar. No caso do Brasil, desde o início da missão já foram realizados 13.440 interrogatórios e 2.100 inspeções em navios mercantes – o que corresponde ao triplo do número realizado pela FTM antes da chegada dos brasileiros.