Rio de Janeiro, Janeiro 2014_ Três embarcações modelo DGS XH 600 FH, produzidas pelo estaleiro carioca DGS Defence e fornecidas este ano à Marinha do Brasil, já estão em operação na fronteira leste do País, em apoio a importantes pesquisas científicas, e no Polo Sul, em serviços de logística para a base brasileira de Comandante Ferraz, na Antártida.
Esses barcos seguem o conceito inovador das ETRH (Embarcação Tubular Rígida Híbrida), criado e patenteado pela DGS Defence. Fabricadas em copolímero de engenharia de ultra-alto peso molecular, para resistir a situações adversas, como troncos e pedras, as ETRHs não afundam, não pegam fogo, tem longa vida útil e baixo custo de manutenção.
Duas DGS XH 600 FH foram utilizadas pela tripulação do navio hidroceanográfico Cruzeiro do Sul em sua 26ª viagem ao Arquipélago Trindade e Martin Vaz, no período de 17 de julho a 1º de agosto. Situada a 1.025 km da costa do Estado do Espírito Santo, Trindade é considerado o local habitado mais remoto do País.
Durante a Expedição Científica Protrindade V foram realizados 10 projetos científicos, que envolveram 25 pesquisadores de várias universidades do País. A viagem é parte do projeto Laboratório Nacional Embarcado, cooperação entre o Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação e a Marinha do Brasil para ampliar o conhecimento da Amazônia Azul.
A Marinha, agora, utiliza as embarcações da DGS para envio de materiais e passageiros à região. Essas operações otimizaram e reduziram os custos de logística na Ilha de Trindade, antes abastecida por helicópteros. Outra embarcação do mesmo modelo está na Antártida, dando apoio logístico à reconstrução de Comandante Ferraz. A base de pesquisa científica brasileira no continente gelado foi destruída num incêndio em 2012.
“Os barcos da DGS que estamos usando na região de Trindade atendem perfeitamente as nossas expectativas. Também na Antártida o rendimento das DGS tem sido bom. Mesmo enfrentando o gelo, essas embarcações respondem bem”, afirma o capitão-de-fragata Rodrigo Otoch Chaves, gerente do Programa de Pesquisas Científicas na Ilha de Trindade, da Secretaria da Comissão Interministerial para Recursos do Mar.
As DGS XH 600 FH entregues à Marinha medem 6 metros de comprimento por 2,4 metros de largura. Sua propulsão é feita por motor de popa, com potência de 90HP, podendo chegar a 150HP. A embarcação tem capacidade para transportar tripulação de até oito pessoas e suporta até 2.000kg de carga.
Sobre a DGS Defence
A DGS Defence é um estaleiro carioca dedicado à construção de embarcações militares com o uso de alta tecnologia em engenharia naval. Cada modelo DGS é um projeto exclusivo, desenvolvido a partir das necessidades e características especiais das missões de seus clientes. Fundada em 2007, a DGS Defence cresce de forma sólida e sustentável.
Ao longo dos últimos anos, desenvolveu e detém a patente das embarcações tubulares rígidas híbridas (Extreme Hull – XH®). Todas as embarcações DGS tem alta resistência operacional – são insubmergíveis e não pegam fogo –, longo ciclo de vida e custo de manutenção extremamente baixo. Também é o único estaleiro do país que produz um modelo de lancha de interceptação e patrulha blindada e com sistema antirradar, a DGS 888 (INTERCEPTOR E PATROL).
Com foco em sustentabilidade, a DGS Defence desenvolve projetos considerando processos de fabricação com o mínimo impacto ambiental. O corpo das embarcações, em copolímero de etileno de alta densidade (plástico de engenharia), e a cabine de alumínio podem ser totalmente recicláveis. Além disso, farelos de corte são recolhidos e triturados e há filtros nas cabines de pintura.
A linha de produtos da DGS já obteve inúmeros atestados de capacidade técnica de seus clientes, entre os quais a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro, o Departamento de Polícia Federal, Grupo Especial de Fronteiras (GEFROM), Odebrecht, entre outros