A Marinha do Brasil realiza a Operação “TROPICALEX-2012”, entre os dias 23 de julho e 04 de agosto, na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro (RJ) e a cidade de Salvador (BA). A execução de exercícios no mar, de caráter estritamente militar, visa incrementar o grau de apresentação de parcela dos navios da Esquadra e dos Distritos Navais, com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do preparo e emprego do Poder Naval.
O Comando do Grupo-Tarefa (GT) 707.1 da Operação “TROPICALEX-2012” é exercido pelo Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, Contra-Almirante Marcio Ferreira de Mello, sendo o navio Capitânia a Fragata “Greenhalgh”, de onde estão sendo coordenados e conduzidos os exercícios para os diversos meios navais e aeronavais participantes. A Operação envolve cerca de 1.700 militares, e os seguintes meios navais e aeronavais compõem o GT: Fragata “Niterói” (F40); Fragata “Independência” (F44); Fragata “Greenhalgh” (F46); Fragata “Bosísio” (F48); Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta” (G23); Corveta “Barroso” (V34); 3 aeronaves AH-11A – “Super Lynx”; e 2 aeronaves UH-12/13 – “Esquilo”.
Haverá, também, a participação dos seguintes meios que apoiarão os exercícios a serem realizados pelo GT 707.1: Submarino “Tamoio” (S31); Rebocador de Alto-Mar “Almirante Guillobel” (R25) e Navio-Patrulha “Guajará” (P44), do Comando do 1º Distrito Naval; Corveta “Caboclo” (V19), Navios-Varredores “Albardão” (M20) e “Anhatomirim” (M16) e Navio-Patrulha “Gravataí”, do Comando do 2º Distrito Naval; Lanchas da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro; 1 aeronave UH-14 – “Super Puma”; 2 aeronaves AF-1 – “Skyhawk”; e 1 aeronave P-3AM da Força Aérea Brasileira.
Na Operação estão sendo executados exercícios concernentes às tarefas básicas do Poder Naval, contemplando operações de ataque, antissubmarino, de esclarecimento e de apoio logístico móvel, incluindo ações de superfície, aérea, de submarinos e de guerra eletrônica. Além da condução de atividades de Patrulha Naval nas proximidades da Bacia Petrolífera de Campos.
A outra vertente da Operação é realizar ação de presença, com meios da Marinha, na última fronteira brasileira – a “Amazônia Azul”. O Brasil possui um litoral de cerca de 8.500 km e uma Zona Econômica Exclusiva (ZEE) de aproximadamente 3,6 milhões de km2. Essa vasta área oceânica poderá, em breve, atingir uma dimensão em torno dos 4,5 milhões de km2, quando a proposta do Estado brasileiro de extensão de Plataforma Continental (PC) for reconhecida integralmente pela Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), órgão da Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar. Uma área maior do que a Amazônia verde, ou seja, a “Amazônia Azul”, assim chamada pelos seus incomensuráveis recursos naturais e grandes dimensões.
Nessa imensa área oceânica, o Brasil possui interesses importantes e distintos. Cerca de 95% do comércio exterior brasileiro passa por essa massa líquida, movimentando nossos mais de 40 portos nas atividades de importação e exportação. Do subsolo marinho até o limite da ZEE, e futuramente, no limite da plataforma continental estendida, é retirada a maior parte de nosso petróleo e gás. Temos, ainda, importante atividade pesqueira, uma rica biodiversidade e nódulos de recursos minerais no solo e subsolo marinhos, onde o Brasil possui exclusividade de exploração e explotação, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.