Gustavo Garcia
A Marinha do Brasil realiza um trabalho de conscientização com a população costeira como reforço na busca pelo piloto e o caça AF-1 Skyhawk, que desapareceram durante um treinamento na costa de Saquarema, Região dos Lagos, na terça-feira (26).
O órgão pede que as pessoas entrem em contato diante de qualquer indício do militar ou da aeronave. As equipes atuam em Saquarema, Cabo Frio e Arraial do Cabo, já que "as características do mar do local do acidente sofrem grande influência das fortes correntes características da região", como explica a Marinha.
O órgão afirma que é possível apontar a localização exata do impacto do caça com a água nas imediações de Saquarema através do relato de moradores e do outro piloto envolvido no acidente. De acordo com a Marinha, duas aeronaves realizavam o treinamento e uma retornou para a base em segurança. A aeronave que caiu no mar perdeu o contato com o radar de controle aéreo quando entrou em contato com a água. A identidade do piloto que está desaparecido não foi revelada.
Piloto pode não ter ejetado
Um Inquérito Policial Militar foi aberto no dia seguinte ao acidente, quarta-feira (27), para apurar as causas do choque entre dois caças no ar. Questionada sobre possíveis falhas no localizador ou na ejeção do banco do piloto, a Marinha disse apenas que "até o presente momento, não há como afirmar nada em relação ao acidente". "As investigações estão em curso e tem por objetivo apurar os fatos relacionados ao caso", completou o órgão em nota enviada nesta terça-feira (2).
Velocidade da aeronave não pode ser calculada
Segundo a Marinha, o AF-1 Skyhawk que desapareceu após se chocar com outro caça pode atingir uma velocidade de Mach.95 (95% velocidade do som), ou seja, mais de mil km/h. Mas, de acordo com o órgão, não é possível precisar a velocidade que a aeronave estava quando atingiu a água.
Navio-sonda
O navio-sonda de Pesquisa Hidroceanográfico "Vital de Oliveira", da Marinha do Brasil, atua próximo à costa de Saquarema desde a quarta-feira (27) junto com outras embarcações.
Helicópteros estão sobrevoando o mar para tentar encontrar vestígios do caça. Agentes dos bombeiros fazem varreduras na areia com quadriciclos. O navio tem 78 metros de comprimento, possui cinco laboratórios e tem capacidade para 130 pessoas.
Entre os equipamentos estão ecobatímetros multifeixe, perfilador de velocidade do som e sonar de varredura lateral. A embarcação pode ser operada remotamente.
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