A IV Conferência Naval Interamericana Especializada em Interoperabilidade (CNIE-I) teve início, no dia 26 de agosto, na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro. Delegações de 12 países e de dois organismos internacionais participam da conferência, que visa a aprimorar a interoperabilidade e ampliar a cooperação naval, para a preservação da unidade marítima. O tema principal dessa edição é “A interoperabilidade das marinhas das Américas em prol da segurança marítima e da consciência situacional marítima”.
No primeiro dia do evento, temas relacionados ao combate ao tráfico de entorpecentes e ao crime organizado; apoio das marinhas à população civil em caso e em zonas de desastres; e interoperabilidade entre sistemas de acompanhamento do tráfego marítimo foram expostos e debatidos pelos participantes. Uma das medidas a serem aprovadas durante o encontro é o Manual do Sistema de Segurança e Ajuda Humanitária Interamericano. “Interoperabilidade é quando conseguimos nos coordenar em uma operação multinacional. Isso se reveste de grande importância, quando, não pensando apenas em conflitos, mas também em ajuda humanitária. As marinhas podem cooperar com um país que esteja com algumas necessidades, devido a desastres causados pela natureza ou pelo próprio homem. O manual possibilita que haja procedimentos para atuação de forma organizada”, explicou o Secretário do evento, Contra-Almirante Flávio Soares Ferreira, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra.
IV CNIE-I
Participam do evento as delegações das marinhas da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos da América, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. O evento também conta com a participação de representantes da Junta Interamericana de Defesa (JID) e da Rede Naval Interamericana de Telecomunicações (RNIT).
A CNIE-I foi criada por uma decisão da XXI Conferência Naval Interamericana (CNI), ocorrida, em 2004, em San Diego, nos Estados Unidos da América (EUA). A partir de então, houve três edições, a primeira em 2005, em Mayport, EUA; a segunda em 2006, na cidade de Lima, no Peru; e a terceira, em 2010 em Puerto Belgrano, na Argentina.