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Marinha e FGV avaliam os próximos passos no ensino da inteligência artificial para aplicações militares

Encontro realiza balanço de pós-graduação em inteligência artificial para Aplicações Militares

Por Capitão-Tenente (T) Fabrício Costa

No início de 2024, a Marinha do Brasil (MB) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) se uniram para fomentar, de forma inédita, o estudo da inteligência artificial (IA) e da ciência de dados voltados para as aplicações militares. Ao longo do ano, alunos do Curso de Aperfeiçoamento Avançado de Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil (C-ApA-CFN) realizaram uma pós-graduação lato sensu (MBA) em Inteligência Artificial para Aplicações Militares, a primeira do País, na FGV do Rio de Janeiro (RJ). O curso contou com dez alunos, sendo cinco Oficiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e cinco civis da FGV.

Na quarta-feira (25), o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, recebeu uma comitiva da MB, liderada pelo Comandante-Geral do CFN, Almirante de Esquadra Carlos Chagas Vianna Braga. O encontro foi realizado com o propósito principal de fortalecer a parceria entre as instituições e balizar as próximas.

Na ocasião, o presidente da FGV e o Comandante-Geral do CFN tiveram a oportunidade de escutar, em primeira mão, diretamente de cada um dos alunos, em conversa informal e franca, suas avaliações sobre o andamento e as oportunidades de aprimoramento para as próximas edições.

“Foi um curso muito proveitoso. Esses ensinamentos vão facilitar na tomada de decisões. Nós também soubemos o que as outras Forças Armadas do mundo estão usando e poderemos otimizar os nossos recursos”, afirmou o Capitão-Tenente (Fuzileiro Naval) João Paulo de Souza.

O presidente da FGV lembrou que o uso da inteligência artificial acontece há 60 anos. A novidade agora é a capacidade de processar muito mais rapidamente.

“A governança de dados é fundamental. O zero começa ali. Precisamos saber explicar os dados e entender como eles são coletados e a que horas. Tudo isso tem que ser arquivado”, garantiu Simonsen.

Por sua vez, o Comandante-Geral do CFN destacou que está muito bem impressionado com os resultados alcançados até o momento pelos alunos da pós-graduação em Inteligência Artificial para Aplicações Militares.

“Saímos de uma situação em que era inexistente esse aprendizado e hoje temos esses Oficiais em condições de debater o problema de forma consistente. A presença aqui na academia, aprendendo com os profissionais da FGV, foi muito além das minhas expectativas”, disse o Almirante.

A pós-graduação em Inteligência Artificial para Aplicações Militares abordou temas com objetivo de auxiliar os Oficiais no desenvolvimento de habilidades analíticas e de pensamento crítico, melhoria da compreensão do ambiente operacional e automatização de tarefas. Os alunos tiveram aulas de estatística, probabilidade, programação, robótica e base de dados.

Fonte: Agência Marinha de Notícias

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