O exercício geral do Plano de Emergência Externo da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto ocorreu nos dias 31 de agosto e 01 de setembro, em Angra do Reis (RJ), com a participação de cerca de 2 mil pessoas. O treinamento é realizado a cada dois anos e teve como novidade um cenário de acidente simultâneo nas usinas Angra 1 e Angra 2 e a sua duração aumentada de um dia para dois dias.
Coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, que é o órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro, o exercício teve as ações organizadas pelo Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência Nuclear em Angra dos Reis. O exercício geral permitiu avaliar a eficácia do Plano, identificando possíveis pontos vulneráveis, aperfeiçoando procedimentos e aumentando a integração entre os atores envolvidos.
A Marinha do Brasil participou em diferentes ações, por meio de várias Organizações Militares, entre elas o 1° e 2° Esquadrões de Helicópteros de Emprego-Geral, os Navios-Patrulha “Guajará” e “Gurupá” e as Fragatas “Independência” e “Niterói”. Dentre as principais ações, estavam a remoção de moradores de ilhas e a interdição marítima da área próxima às usinas.
O treinamento contou com a participação de representantes da Agência Brasileira de Inteligência, da Eletrobras, da Eletronuclear, da Comissão Nacional de Energia Nuclear, da Defesa Civil nacional, estadual e municipal de Angra dos Reis e Paraty, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, do Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, bem como do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.
A colaboração da população regional foi obtida por meio de uma grande campanha de divulgação em TV e rádio, além de uma cartilha ilustrada distribuída nos jornais de maior circulação da região. Com essa iniciativa, mais de 5 mil pessoas compareceram e puderam conversar diretamente com especialistas das organizações envolvidas. Parte dos moradores situados em um raio de 5 quilômetros em torno das usinas, incluindo habitantes das ilhas, participou voluntariamente do treinamento e foi removida pela Marinha para abrigos montados em escolas estaduais, municipais e no Colégio Naval, em Angra dos Reis.
Fonte: NOMAR